Povo argentino segue lutando contra o desemprego, a fome e a miséria

Povo argentino segue lutando contra o desemprego, a fome e a miséria

Argentino pede esmolas em frente à casa de câmbio

A agudização da crise econômica, social e política na Argentina tem levado o povo às ruas, numa luta incesante. Nos últimos seis meses, doze mil cortes de ruas e estradas foram realizados em todo o país. E, ao mesmo tempo, ococrreu uma generalização dos grupos de autodefesa. Outra situação criada hoje com a crise, que levou milhares ao desemprego, à fome e à miseria, são os movimentos de tomada das fábricas falidas e abandonadas. Os antigos operários assumem as fábricas que, sob seu controle, passam a produzir. Isto tem ocorrido em várias regiões do país e um exemplo recente foi a tomada dos engenhos em Jujuy.

E um dos momentos de maior mobilização ocorreu com a jornada nacional de luta realizada no dia 30 de agosto último. Dezenas de milhares de argentinos, convocados por uma frente unitária de organizações populares sairam às ruas levantando suas bandeiras contra a farsa eleitoral, contra a fome, a entrega, a repressão, por pão e trabalho.

Na Capital Federal, as organizações que convocaram a jornada realizaram um ato, ao qual somaram-se massivamente os membros das assembléias populares. Em Matanza, cerca de nove mil pessoas cortaram a rua em frente ao Hospital Paroissien. Em Olivos, milhares marcharam desde a Ponte Saavedra até a Quinta Presidencial, em grandes colunas populares.

Em cada estado ou cidade, assim como em Buenos Aires, o povo organizado decidiu seus planos de ação, suas iniciativas de luta e escreveram documentos conjuntos nesta jornada nacional.

Em Bariloche, uma passeata de desempregados marchou pela cidade. Em Viedma, foi outra marcha popular e uma concentração na praça principal. E assim foi em Jujuy, Tucumán, Catanarca, San Juan, Córdoba, Neuquen, Chubut, Salta, Santiago del Desterro, Chaco, Formosa, Nisiones, Santa Fé, Corrientes, Entre Ríos, Rosario, Bahía Blanca, La Pampa, Pehuajó e também na Tierra del Fuego.

Na região da Patagônia, inclusive, os imperialistas têm grandes interesses, pois lá está uma das maiores reservas de água do mundo. E estão apontando para o controle da área, através da implantação de um plano de unificar as províncias em uma única e supostamente mais forte, diante da crise atual no país. Segundo denúncias, aí está a mão dos russos e ingleses.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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