A onda de grandes protestos no Norte da África e no Oriente Médio resultou na saída de mais um dos gerentes de longa data que administravam a rapina estrangeira naquelas bandas do mundo.
Desta vez foi o “presidente” do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, que em junho chegou a ser gravemente ferido durante um ataque ao palácio presidencial, saindo corrido do país para se tratar na Arábia Saudita. Ele sucumbiu à autoridade das ruas, tendo anunciado, após meses de uma intensa repressão ao povo insurgente que deixou centenas de mortos, um acordo para deixar o poder chancelado pela ONU, o que significa dizer que o tal acordo foi costurado pelas potências para que uma “oposição” pró-imperialista possa render o velho vende-pátria sem maiores prejuízos para os grandes monopólios que têm operações naquele país.
Mais uma vez o povo cheio de ânimo para a luta vê seus reais inimigos patrocinarem a reacomodação das forças retrógradas locais. É chegada a hora de as massas do Norte da África e do Oriente Médio assumirem as rédeas do seu destino revolucionário rumo a uma democracia nova, popular, para deixar de ver suas justas e valentes rebeliões serem cavalgadas pelo imperialismo e pelo oportunismo e resultarem em meras reestruturações dos Estados semifeudais e burocráticos, sem alterar os velhos mecanismos de rapina e escravidão.