O movimento estudantil da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) foi alvo de perseguição política, de acordo com denúncia da organização da juventude Alvorada do Povo (AP). Durante o período de outubro de 2017 até maio de 2018, os estudantes vêm sendo sistematicamente monitorados e mapeados, principalmente durante o período de greves.
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Jovens da Alvorada do Povo rechaçam perseguições em universidade
As gravações, feitas pelas câmeras de segurança espalhadas pelo campus, fazem parte de um dossiê montado pela própria UFPR, no qual estudantes aparecem realizando manifestações, piquetes, panfletagens e conversando com trabalhadores. Trata-se de um material de mais de 150 horas de vídeo, que tem como objetivo identificar o conteúdo dos cartazes e os rostos dos estudantes.
A vigilância dos movimentos sociais visa a perseguição política aos 23 processados do Rio de Janeiro e a perseguição contra todos aqueles que lutam. Em seu site, a Alvorada do Povo colocou: “Vivemos em 2018 um contexto de acirramento da luta de classes em nosso país e a perseguição política por parte do velho Estado se acentua. Todo movimento popular deve se posicionar firmemente defendendo a liberdade de manifestação e o direito de reivindicação e de organização. Por isso, conclamamos a todos os estudantes, professores, trabalhadores e movimentos populares e democráticos a denunciarem e repercutirem nosso vídeo. Presos políticos, liberdade já! Lutar não é crime, vocês vão nos pagar!”.