Depois de 3 anos preso, José Ricardo Rodrigues foi finalmente libertado no dia 2 de abril. Seu julgamento, marcado para dia 5 de abril, foi desaforado (transferido) da comarca de Quipapá, em Pernambuco. O novo local e data ainda não estão definidos.
O desaforamento foi feito a pedido do promotor do caso, que alegou falta de segurança para a realização do júri popular. Tal manobra visava tão somente fazer com que o líder camponês ficasse mais tempo preso, uma vez que sua inocência deve ser comprovada perante os jurados.
Porém, após grande mobilização popular e intensos esforços de seus advogados, José Ricardo foi posto em liberdade provisória e aguardará ao julgamento em liberdade. A liberdade provisória foi assinada pelo juiz no dia 31, mas somente no dia 2 José Ricardo pôde finalmente sair do presídio e rever companheiros de luta, amigos e parentes.
Desde a sua prisão vários setores da população pernambucana têm feito uma campanha nacional pela libertação de José Ricardo e dos demais camponeses presos em Quipapá, chegando-se a constituir um comitê de solidariedade a eles.
Este comitê realizou várias manifestações, atos e audiências públicas para esclarecer a população da verdadeira razão da prisão de José Ricardo, que foi injustamente acusado de ter assassinado um policial numa emboscada preparada pela própria Polícia no assentamento Bananeiras, Quipapá, em 2005.