Professores de Vitória – ES em greve

77/02.jpg

Professores de Vitória – ES em greve

http://jornalzo.com.br/and/wp-content/uploads/77/02-3c7.jpg
O magistério de Vitória/ES  está em greve desde 14 de março devido a intransigência da administração do neotucano Coser PT, recusando até mesmo a repor as perdas inflacionárias e desconsiderando totalmente as perdas históricas dos trabalhadores da educação da capital. Os repasses de verbas para as escolas não são feitos nos prazos corretos e estão cada vez mais defasados, somados à precarização cada vez maior das escolas, com infiltrações, tetos caindo, rachaduras comprometedoras da estrutura, falta de acessibilidade, “barracões” provisórios que se tornam permanentes, caramujos africanos em centros infantis, dentre outros absurdos.  

Desde o dia 18 de março o TJES, a pedido de Coser/PT (ex-presidente da CUT-ES), sem consultar o Sindiupes, julgou nossa greve ilegal e taxou uma multa de R$ 10 mil diários, ampliando para R$ 70.000 devido à recusa do magistério de abandonar a greve.

O prefeito ainda promoveu o corte de ponto dos dias 14 e 15 de março, ameaçando zerar o contra-cheque de todos grevistas no mês de maio. Além disso, o procurador da PMV, Jader F. Guimarães (ex-advogado do nosso sindicato) impetrou ação no TJES pedindo a execução da multa que já ultrapassa os R$ 2.000.000,00 e a prisão dos dirigentes de nossa entidade, criminalizando a luta dos trabalhadores e promovendo uma das maiores repressões da história de nosso movimento.

Apesar de todo o aparato estatal, do executivo, legislativo (com raras exceções) e do judiciário, na tentativa de desmobilizar a categoria, o magistério da capital persiste intransigentemente na defesa de seus propósitos e princípios de valorização profissional e defesa de uma escola pública, gratuita e de qualidade para os filhos da classe trabalhadora.

Estamos há mais de 50 dias de greve e a chama se espalhou para toda região metropolitana. O magistério de Cariacica, Vila Velha, Serra, Guarapari também entrou em Greve, o que permitiu um grande ato público unificado no centro da capital, colocando a nu a realidade da educação na Grande Vitória.

A ilegalidade burguesa não nos intimida. É o que tem demonstrado as manifestações, atos públicos e assembleias históricas, com mais de 1.200 professores por turno.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: