Protesto de 11.000 pessoas contra escola de assassinos

Protesto de 11.000 pessoas contra escola de assassinos

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As agressões ianques aos povos do mundo encontram o crescimento de protestos antiimperialistas dentro do próprio USA.

Há doze anos se realiza uma manifestação em Forte Benning contra a famigerada Escola das Américas, que se especializou em formar torturadores, violadores de mulheres, membros de esquadrões da morte e genocidas, principalmente nos paises latino-americanos.

Este ano, a 16 e 17 de novembro, porém, aconteceu o maior protesto, desde o início das manifestações, contando com 11.000 participantes que exigiam o fim das atividades da escola. Ela chegou a mudar de nome (chama-se agora Instituto do Hemisfério Ocidental para Cooperação e Segurança), para disfarçar suas atividades e responsabilidades por centenas de milhares de mortos, principalmente durante as ditaduras militares da América -Latina, apoiadas por USA.

O repúdio também se dirigiu à guerra iminente contra o Iraque. Os presentes solidarizaram-se com os iraquianos, argentinos e demais povos que resistem ao imperialismo.

A repressão também marcou presença no ato. Um juiz considerou que o protesto poderia resultar violento e mandou instalar detectores de metais a entrada da área do ato, prendendo uma pessoa que se recusou a ser revistado. Até as cruzes que seriam usadas na manifestação foram confiscadas.

Durante o protesto, no segundo dia, 95 manifestantes foram presos e acorrentados. Os detidos relataram depois que foram fotografados, gravaram suas impressões digitais e foram interrogados, sendo estipulada uma fiança de 5.000 dólares. Curioso notar que no ano passado os ativistas presos foram libertados sem pagamento de fiança.

Ao final do protesto, um grupo com tambores e estandartes se colocou nos narizes dos policiais, tocando e dançando com energia, e gritaram: ‘ Voltaremos!' 

Resolução da ONU prepara terreno para guerra

Em 8 de novembro, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução norte-americana que ordena o governo do Iraque a se submeter imediatamente a um severa campanha de inspeções.

Na ocasião, Bush disse que as ameaças contra o Iraque contam, agora, com o apoio do mundo inteiro, e que as resoluções da ONU e do Congresso lhe dão legitimidade para invadir o país. Estará guerreando em nome do povo dos Estados Unidos e do mundo.

No entanto, tratam-se de mentiras perigosas. A meta de resolução da ONU é disfarçar um plano de guerra como se fosse um plano de paz – disfarçar uma campanha americana de dominação mundial como se fosse um ato da "comunidade mundial". "E mesmo que o Iraque queira obedecer a resolução" — disse Denis Halliday, ex-subsecretário geral da ONU — "esta contém uma linguagem cujo único propósito é facilitar a guerra do senhor Bush." O papel das novas equipes de inspeção é provocar e obter justificativas para uma guerra.

O Conselho aprovou a resolução por unanimidade (15 a 0). Isso demonstra que uma superpotência determinada e implacável pode, nesse momento, obrigar outros 14 governos opressores a endossar sua loucura.

De qualquer forma, a invasão e a conquista do Iraque seria uma profunda injustiça, não importa quem a aprove. As ações dos Estados Unidos no Golfo Pérsico tem como finalidade afiançar seu domínio em uma zona de suma importância estratégica e reconfigurar as relações de poder e riqueza do mundo inteiro.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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