A emissora árabe Al Jazeera divulgou recentemente documentos secretos da Autoridade Palestina (AP) que provam, com riqueza de detalhes, o que já se sabia: a existência de uma estreita colaboração entre os traidores do al Fatah, que controla a AP, e o Estado de Israel. Entre outras revelações, as provas divulgadas pela Al Jazeera trouxeram à tona um pedido de Israel para que a AP matasse um militante palestino e um pedido da AP para que Israel prejudicasse a população da Faixa de Gaza para atingir o Hamas.
Há tempos o Hamas, que dirige a legítima resistência palestina e controla a Faixa de Gaza, vem denunciando que o al Fatah, por meio a AP, colabora com o sionismo com o objetivo de enfraquecer sua liderança. Os documentos citam especificamente um pedido da da AP para que Israel reforçasse o bloqueio ao território impedindo completamente o trânsito da população de Gaza para o Egito.
Quanto ao pedido de assassinato, ele se referia a Hassan al-Madhoun, militante que, ao contrário dos conchavistas do al Fatah, defendia a luta armada contra Israel. A AP alegou que tinha “capacidade limitada” para realizar o serviço e, além do mais, Israel nada oferecia em troca. Madhoun acabou morto de qualquer maneira, alvejado por um avião israelense não-tripulado. Os documentos mostram também grandes concessões do al Fatah e da AP ao sionismo no tocante à questão dos colonatos, por exemplo.
Para coroar a vergonha da traição descortinada, a Autoridade Palestina convocou para julho eleições na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, do jeito que Israel e o USA gostam — eleições devidamente rejeitadas pelo Hamas —, e Abbas mobilizou as “forças de segurança” sob seu comando para dispersar protestos na Cisjordânia contra os traidores da Palestina em luta contra os invasores sionistas.