Putin não pode escapar do atoleiro da guerra injusta

A morte de Evgeny Prigozhin, no fim de agosto, revela a decomposição da frente bélica invasora russa. O líder militar, que por décadas prestou serviços não oficiais ao governo da Rússia, foi enterrado sem a presença de autoridades políticas ou militares da Rússia após queda de seu avião. Foi o preço a pagar por ter questionado autoridades militares da cúpula do Exército russo, em meio à guerra de agressão à Ucrânia.
Morte de Prigozhin escancarou a crise militar na frente invasora. Foto: Natalia Kolesnikova/AFP/Getty Images

Putin não pode escapar do atoleiro da guerra injusta

A morte de Evgeny Prigozhin, no fim de agosto, revela a decomposição da frente bélica invasora russa. O líder militar, que por décadas prestou serviços não oficiais ao governo da Rússia, foi enterrado sem a presença de autoridades políticas ou militares da Rússia após queda de seu avião. Foi o preço a pagar por ter questionado autoridades militares da cúpula do Exército russo, em meio à guerra de agressão à Ucrânia.
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A morte de Evgeny Prigozhin, no fim de agosto, revela a decomposição da frente bélica invasora russa. O líder militar, que por décadas prestou serviços não oficiais ao governo da Rússia, foi enterrado sem a presença de autoridades políticas ou militares da Rússia após queda de seu avião. Foi o preço a pagar por ter questionado autoridades militares da cúpula do Exército russo, em meio à guerra de agressão à Ucrânia.

Nos últimos meses, além de Prigozhin, outros militares que exerciam comando de tropas na guerra também apontaram seus questionamentos contra a cúpula militar russa. Sem exceção, todos foram punidos. O ponto mais alto desta crise militar que colocou em xeque a estabilidade do Exército russo ocorreu em junho, quando as tropas de Prigozhin iniciaram um movimento militar exigindo a queda do ministro da defesa, Sergei Shoigu (que ainda se mantém no cargo).

Vladimir Putin, presidente da Rússia, atua para manter sua máquina de guerra injusta. Como não pode subjugar totalmente a Ucrânia numa guerra de decisão rápida, se vê obrigado ao desgaste. Não há motivos nobres que justifiquem essa guerra de agressão, afinal, é uma guerra injusta e embora tente, Putin não pode torcer essa verdade. Cresce, por isso, o descontentamento das tropas e dos familiares de jovens enviados à frente; crescem também as divergências na cúpula do comando, as intrigas e as maquinações, o que enfraquecerá ainda mais a frente invasora. É um processo de espiral ascendente.

Após mais de 500 dias sustentando uma guerra injusta, o que Putin colhe, afinal, é uma grave crise militar interna, além da insatisfação geral dos povos oprimidos que se solidarizam com a nação agredida, Ucrânia, assim como condenam o lacaio Volodymir Zelensky lacaio dos imperialistas ocidentais e suas maquinações pela OTAN.

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