Resistência derruba soldados e autoridades das potências

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Resistência derruba soldados e autoridades das potências

Neste mês de junho o USA alcançou a cifra de US$ 1 trilhão gasto pelas administrações Bush e Obama desde 2001 nas invasões do Iraque e do Afeganistão. Só neste ano, a estimativa é que o USA empregue US$ 136 bilhões nas suas duas maiores ofensivas militares em curso. Enquanto a Casa Branca vai enchendo os cofres da indústria bélica, as resistências no Oriente Médio e na Ásia Central impõem aos invasores derrotas cada vez mais retumbantes e baixas cada vez mais numerosas. O número de soldados da coalização USA-Otan mortos em solo afegão passou dos 200 nos cinco primeiros meses de 2010, quase o dobro do que no mesmo período de 2009.

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Já se aproxima dos 2 mil o número de baixas entre os invasores do Iraque e do Afeganistão desde que Bush tomou os ataques a Nova Iorque e Washington, em 2001, como mote para desencadear a sua "guerra contra o terror", nome fantasia para a nova fase de ofensivas movidas pelo imperialismo ianque e seus aliados de ocasião. O número de invasores mortos vem crescendo ano após ano, evidenciando o absoluto fracasso das empreitadas imperialistas ante as guerras de libertação nacional movidas pelas inquebrantáveis forças de resistência no seio das massas agredidas dessas duas nações.

Os últimos meses, particularmente, têm sido de retumbantes vitórias contra o imperialismo, sobretudo da resistência afegã, como A Nova Democracia vem noticiando na página dedicada às guerras populares e de libertação nacional. As sucessivas humilhações que a guerra de libertação nacional no Afeganistão vem impondo ao aparato militar invasor acaba de derrubar o presidente da maior potência europeia, a Alemanha.

O chefe de Estado alemão, Horst Köhler – que já foi também diretor do FMI – renunciou às suas funções no dia 31 de maio depois que admitiu em uma entrevista que recrutas alemães que tombaram sem vida no Afeganistão, como os quatro que morreram de uma só vez no dia 19 de abril deste ano, estão sendo sacrificados para defender os interesses econômicos do capital germânico.

‘A Arábia Saudita do lítio’

Outro que caiu foi o comandante do exército da Grã-Bretanha no Afeganistão, Marshall Jock Stirrup. No dia 13 de junho, um dia depois de a resistência afegã abater mais um soldado britânico (o 300º desde o início da invasão), a administração recém-empossada de David Cameron anunciou que Stirrup será substituído seis meses antes de terminar o seu turno.

No mesmo mês em que os gastos com as invasões do Iraque e do Afeganistão chegaram a US$ 1 trilhão, o jornal The New York Times divulgou que geólogos do Departamento de Defesa do USA (e é significativo quanto ao real interesse da "guerra contra o terror" que haja geólogos no campo de batalha) descobriram reservas minerais no Afeganistão avaliadas exatamente em quase US$ 1 trilhão. São reservas de ferro, cobre, cobalto, ouro e outros metais usados na indústria. O The New York Times cita um memorando do Pentágono no qual se diz que o Afeganistão pode se tornar "a Arábia Saudita do lítio".

Outra notícia que pipocou em junho foi que Obama, confirmando-se ainda mais sanguinário e sabotador do que Bush, expandiu a chamada "guerra secreta" do USA, passando a enviar soldados, mercenários e agentes contrarrevolucionários para 75 países, 15 a mais do que os 60 onde até agora já aconteciam as eufemisticamente chamadas "operações especiais". O secretário de Defesa de Obama, Robert Gates (o mesmo de Bush), deu ordens para que o Pentágono economize US$ 100 bilhões de dólares para o financiamento das operações clandestinas do exército do USA ao redor do mundo nos próximos cinco anos.

São cerca de 13 mil homens destacados para a "guerra secreta" de Obama, sendo que nove mil deles estão empenhados em realizar sequestros e execuções no Afeganistão e no Paquistão, e o general David Petraeus, chefe do exército imperialista no Médio Oriente, autorizou missões militares clandestinas na Arábia Saudita, Somália e, claro, no Irã.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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