Combatendo a campanha de desinformação da imprensa capitalista e a propaganda do Estado de Israel, autores israelenses, árabes e de outras nacionalidades falam de questões básicas da história palestina
Resumo das Partes 1 e 2:
Nos artigos anteriores, Dos cananeus ao holocausto nazista (parte 1) e Da criação de Israel ao massacre de Sabra e Chatila — O terrorismo sionista e as guerras de expansão (parte 2), registramos:
- Que o hebreu não foi o primeiro povo a habitar a Palestina e que o regime judeu na região durou apenas 414 anos dentro de uma história de cerca de 5 mil anos.
- Que desde sua deportação à Assíria, em 721 a.C., os judeus tiveram várias oportunidades de retornar à Palestina e a grande maioria não o fez.
- Que a afirmação de que judeus, palestinos e demais árabes “sempre” foram inimigos não corresponde à verdade.
- Que a idéia do retorno judeu em massa à Palestina surgiu com o sionismo, movimento político criado no século XIX, em sintonia com os interesses das potências coloniais e da grande burguesia judaica da Europa.
- Que as massas judias não queriam retornar à Palestina e nem desejavam a criação do Estado de Israel, como propunha o sionismo. E que uma das provas disso é que embora Israel tenha sido criado em 1948, dos mais de 20 milhões de judeus hoje existentes no mundo, somente 6,3 milhões escolheram aquele país para viver.
- Que a colaboração dos dirigentes sionistas com os nazistas está amplamente documentada e que o exemplo mais revelador foi o de Rudolf Kastner, vice-presidente da Organi-zação Sionista, que negociou com Eichmann. Que a Gestapo, em 1935, expediu uma circular à polícia alemã dizendo que os sionistas não deveriam ser tratados com o mesmo rigor que os demais judeus. Que dirigentes sionistas romperam o boicote antifascista mundial contra Hitler através das companhias Haavara e Paltreu, cujo empreendimento teve a participação de futuras autoridades de Israel como Ben Gurión, Moshé Sharret (ou Moshé Shertok), Golda Meir e Levi Eshkol.
- Que em 1947, uma resolução da ONU decretou a partilha da Palestina, destinando 57% do território à minoria judaica e 42% à maioria palestina. E que as terras da parte israelense não pertenciam legalmente aos judeus.
- Que a resolução da ONU, baseada em fatos ilegais, só foi aprovada devido à pressão do USA.
- Que a propaganda sionista e o USA falam muito hoje a respeito do terror palestino. Que, no entanto, o terrorismo naquela região foi iniciado antes mesmo da criação do Estado de Israel, em 1948, e foi praticado por grupos judeus.
- Que os sionistas afirmam que os poderosos exércitos da Liga Árabe atacaram o indefeso e nascente Estado de Israel pouco depois de sua criação, em maio de 1948. Isso, porém, não correspondeu exatamente à verdade.
- Que a Guerra dos Seis Dias, em 1967, não foi provocada e iniciada pelo Egito, como diz Israel.
- Que na mesma Guerra dos Seis Dias Israel tomou da Síria as colinas de Golán. E que o argumento de que as tropas israelenses foram atacadas pelos sírios não era verdadeiro. O general Moshe Dayán, admitiu que os tiroteios com os sírios foram provocados deliberadamente por Israel.
- Que Israel invadiu o Líbano em 1982, sob o pretexto de uma vingança contra os palestinos pelo assassinato de um diplomata. Que esse argumento não era verdadeiro.
- Que pouco depois da invasão, ocorreria o massacre de civis palestinos pela Falange libanesa em Sabra e Chatila, na periferia de Beirute. Que os israelenses negaram que tivessem tido participação naquele episódio sangrento, mas isso não era verdade. Um dos acusados internacionalmente foi Ariel Sharon, hoje primeiro-ministro.
“Entre 1922 e 1948 a Palestina foi governada pela Grã-Bretanha, que tolerou e estimulou a imigração ilegal judia. (…) Os palestinos sofreram o terror sionista e a repressão britânica. (…) Responderam ao terror…com revoltas de massas.”— Artigo A gênese do conflito israelense-palestino, Athemay Sterling, 28 de junho de 2002, VOZ.
“Mesmo de forma desorganizada e esporádica, podemos localizar uma primeira onda (de ações palestinas) contra as políticas imperialistas e os interesses sionistas nos anos 1920-1921. (…) O ano de 1929 marca um ponto referencial do conflito: por um lado se funda a Agência Judia sionista … e, por outro, como reação, se produz uma rebelião (dos palestinos). Mas o conflito aberto e generalizado demorou um tempo mais.” — Artigo Em torno do nacionalismo palestino, Luciana Seminara, 27 agosto de 2003, Observatório de Conflitos.
“(Em1936-1939 houve uma grande insurreição palestina.) Foi uma poderosa revolta anticolonial e anti-sionista que necessitou a metade dos efetivos do exército britânico para ser sufocada. Além dos seis meses de greve geral da população palestina, esta foi combinada com processos de desobediência civil. Quando os ‘notáveis' palestinos que a dirigiam (o clã dos Housseim) abandonaram a luta, esta se manteve em forma de resistência guerrilheira no campo.” — de março de 2003.
“Em dezembro de 1947, os britânicos anunciaram que se retirariam da Palestina no dia 15 de maio de 1948. Os palestinos de Jerusalém e Jaffa convocaram uma greve geral contra a partilha (do território). Os enfrentamentos começaram quase que imediatamente nas ruas de Jerusalém… Se multiplicaram os incidentes violentos e se converteram numa guerra total…” — Nossas raízes ainda vivem, The People Press Palestine Book Project.
“(Em 1948, frente aos grupos do terror sionista, que arregimentavam mais de 50 mil homens — só o Haganah possuía 45 mil) pelo lado dos palestinos… a maior resistência era do ‘Exército de Libertação' de Fawzi el-Kawakji, que não contava com mais de 5 mil homens, mal armados e desorganizados militar e politicamente (mas que tinham o apoio e a simpatia do povo)”. — Os mitos sionistas — o sionismo e a revolução árabe.
“Muitos dos palestinos das terras ocupadas eram filhos daqueles expulsos (pelos grupos terroristas judeus) em 48, o que aprofundou o polverim. (…) Durante os anos 50 houve ações guerrilheiras mais ou menos improvisadas e em 58, um grupo de estudantes palestinos que se encontrava no exílio no Egito, fundou a organização guerrilheira nacionalista Al-Fatah.” — Os mitos sionistas — o sionismo e a revolução árabe.
“Com a dissolução da RAU (República Árabe Unida, formada por Síria e Egito) em 1961, centenas de jovens palestinos (no exílio) criaram grupos de resistência voltados para o retorno à sua terra. (…) Em 1964, esses grupos se reuniram em uma única entidade chamada Organização para a Libertação da Palestina (OLP).” — Oriente Médio, Mustafa Yazbek e Rosana Bond, 2003.
“Em 68, a Al-Fatah trava uma batalha com o exército israelense, em Karameh, Jordânia, que lhe outorga a autoridade necessária para tomar o controle da OLP e deslocar o eixo da luta antiimperialista do mundo árabe do nasserismo ao movimento palestino e à sua direção, a OLP (que em 1969 passa a ser comandada por Yasser Arafat).
(…) (Até 1969 a OLP) era pouco mais que uma sigla vazia, que Nasser (presidente do Egito) utilizava a serviço de sua política. Porém o desenvolvimento da guerrilha palestina e a decadência do nasserismo produziriam uma grande transformação da OLP.
(…) A derrota dos exércitos árabes em 67 e a ocupação de Gaza e Cisjordânia (por Israel), vai permitir à Al-Fatah e às outras correntes guerrilheiras que apareceram naquele momento, ganhar a simpatia da população palestina.” — Os mitos sionistas — o sionismo e a revolução árabe.
“(Além da Al-Fatah, a partir da década de 60 foram criadas as seguintes organizações palestinas, algumas delas com atuação armada:) Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP)…fundada em 1967, pelo doutor George Habache; define-se como marxista-leninista. Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP), liderada por Nayef Hawatmeth, resultado de uma cisão da anterior; define-se como marxista-leninista e mantém contatos com o Rakah (Partido Comunista de Israel). Al Saica, liderada por Zuheir Moshen…simpatizante do Partido Baath sírio; foi fundada em 1967. Frente de Libertação Árabe (FLA) liderada por Abder RahimAhmed…simpatizante do Partido Baath iraquiano. Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral (FPLPCG), cisão da FPLP, dirigida por Ahmed Yabril. Frente de Luta Popular (FLP), pró-Síria. Partido Comunista Palestino (PCP), criado em novembro de 1981.” — Guia do Terceiro Mundo, 1983.
“Durante 1970, os ataques da Fatah contra Israel foram praticamente diários. Entre 1967 e 1970, as guerrilhas mataram 543 soldados israelenses…mais do que Israel havia perdido durante a Guerra dos Seis Dias.”— Oriente Médio.
“Segundo sustenta Friedman, o sentimento nacionalista palestino está intimamente ligado à necessidade do Retorno, identificando como único meio para conseguí-lo, a luta armada.” — Em torno do nacionalismo palestino.
“Como direção nacionalista pequeno-burguesa que era, Arafat e o núcleo dirigente da Al-Fatah irão ser presas de suas próprias contradições, debatendo-se constantemente entre conciliar com os regimes burgueses árabes reacionários ou aprofundar a dinâmica da mobilização revolucionária das massas nos países onde … a OLP se converte num pólo de atração para todos os oprimidos. (…) A poderosa organização dos palestinos nos acampamentos da Jordânia, os faz conflitar com o reacionário e pró-imperialista monarca hachemita (o rei Hussein). Em 1970 as tropas da FPLP tiveram enfrentamentos com o exército jordaniano. A história finda com o Setembro Negro, no qual Hussein, aproveitando o freio que Arafat pôs à luta, dá morte a 30 mil palestinos e expulsa os fedayins rumo ao Líbano.” — Os mitos sionistas — o sionismo e a revolução árabe.
“Historicamente, a mulher adquiriu um papel preponderante em nossa revolução. (…) A educação, tanto patriótica, política quanto militar foi um direito conquistado por elas mesmas lá nos anos em que a OLP se encontrava na Jordânia. (…) Movimentos de esquerda como a FPLP e a FDLP concordavam em que o rol da mulher deveria ter os caracteres do rol do homem, em sinal de igualdade, e não adequar-se somente a organizar bingos de solidariedade, como fazia a UGMP — União Geral da Mulher Palestina — da tendência oficialista da Al-Fatah, do presidente Arafat. (…) É ali onde começam a nascer não somente esquadrões de mulheres combatentes, mas também escolas de combate para jovens adolescentes, denominadas Zahrat — ‘Pequenas flores' — (que atuavam ao lado) dos Ashball — ‘Filhotes de leão' — para os rapazes adolescentes.” — Artigo A longa luta da mulher palestina, Xavier Abueid, membro da União Geral dos Estudantes Palestinos do Chile (UGEP), 24 de março de 2003.
“Em 1971, a FPLP e um novo grupo denominado Organização Setembro Negro (executou) o primeiro-ministro da Jordânia. Em 1972, o grupo (criado a partir das 30 mil vítimas) sequestrou 11 atletas de Israel que participavam da Olimpíada de Munique.” — Oriente Médio.
“No Líbano se dá em 1975 uma guerra civil, de um lado unindo o Movimento Nacional e a OLP e de outro as falanges fascistas cristãs. Após um ano de luta, o MN e a OLP têm todas as possibilidades de tomar o poder, mas Arafat se nega a fazê-lo.” — Os mitos sionistas — o sionismo e a revolução árabe.
“(Israel invade o Líbano e expulsa os palestinos de lá). A direção da OLP fica em Túnis, derrotada e isolada de sua base social nos acampamentos de refugiados e territórios ocupados.” — Os mitos sionistas — o sionismo e a revolução árabe. “(Na década de 80) surgiram grupos fundamentalistas (islâmicos) como o Hezbollah (‘Partido de Deus') com bases no Líbano e o Hamas (‘Exaltação') com bases nos territórios palestinos ocupados por Israel.” — Oriente Médio.
“A resistência armada é um direito de autodefesa, e este é um direito legítimo em todas as religiões e leis da terra.” — Entrevista com Shayj Ahmad Yassín, fundador do Hamas, em A resistência armada é um direito de autodefesa, J. Muhammad, publicada em Muçulmanos Andaluzes, 10 de julho de 2003.
“(A primeira Intifada começou no campo de refugiados de Jabalya, em Gaza, no dia 9 de dezembro de 1987, quando quatro trabalhadores palestinos foram atropelados e mortos por um veículo israelense. Milhares de pessoas fizeram uma marcha em direção a um campo do exército israelense, que disparou sobre os manifestantes). Quatro palestinos morreram e a Faixa de Gaza, uma pequena zona de terra em que se apinham 650 mil habitantes explodiu em uma chuva de pedras, coquetéis Molotov e pneus incendiados. A rebelião se estendeu aos territórios da Margem Ocidental do Jordão, onde… os campos de refugiados… se converteram na primeira linha da Intifada.” — Artigo Para uma história do conflito árabe-israelense, Sofía Aragno, 30 de abril de 2003, Observatório de Conflitos.
“A primeira Intifada vai se produzir à margem da OLP, influenciada pelo começo da resistência libanesa à ocupação sionista (a implantação do Hezbollah no sul do Líbano), que força a retirada do exército israelense a uma zona de segurança fronteiriça em 85. (…) Os enfrentamentos de rua, as barricadas, a paralisação da atividade comercial se sucederam desde então, incorporando massivamente a população de Gaza e da Cisjordânia. (…) Desde a greve geral de 36, não havia se produzido um movimento tão amplo das massas árabes dentro da própria Palestina. (…) A repressão brutal do sionismo durante a primeira Intifada educou as crianças, que naquela época atiravam pedras, para o levantamento de hoje em dia.” — Os mitos sionistas — o sionismo e a revolução árabe.
“(Na primeira Intifada a mulher lutou e conseguiu ter um papel de vanguarda.) Apesar dos avanços (obtidos desde a fase da Jordânia e do Líbano) …estes só se mantinham para uma elite. Muitas vezes, como conta Amal Kawar em As filhas da Palestina, as jovens saíam de casa dizendo que iam visitar suas amigas, mas a realidade era outra, pois muitas vezes, com a cumplicidade de seus próprios irmãos, o destino era o campo de batalha, o foro universitário, a enfermaria da linha de frente ou a reunião de célula. (…) ‘O que dirão se te vêem com homens de outra família?', ‘O que dirão se te vêem combatendo?', eram perguntas frequentes que, segundo o estudo de Kawar, sufocavam as aspirações das valiosas mulheres de nosso povo. (…) Eram lamentáveis porém reais questionamentos realizados na década de 60, 70, 80 e até a atualidade. (…) Lamentavelmente, outro fenômeno que existe e que deve ser enfrentado é o fundamentalismo islâmico que nas palavras de Rana Khoury ‘jogou por terra o trabalho e os sonhos de muitas mulheres'.” — Artigo A longa luta da mulher palestina.
“(A segunda Intifada estourou no dia 29 de setembro de 2000) …quando o atual primeiro ministro de Israel (Ariel Sharon) que naquele momento (era) líder do partido de direita, Likud, visitou a Esplanada das Mesquitas de Jerusalém. (…) A provocadora visita ao terceiro lugar santo do Islã e acontecimentos posteriores desencadearam a fúria da população palestina.” — Artigo A Intifada de Al Aqsa e a causa palestina, Xavier Martí, representante da Hirugarren Mundua Ta Bakea, Paz e Terceiro Mundo na Palestina, 8 de setembro de 2001.
“A explosão da ira palestina no dia 29 de setembro pôs fim à farsa que começou em Oslo (em 1993) e que foi etiquetada como ‘processo de paz' (Obs: acordos assinados entre Arafat e Itzak Rabin).
(…) O levante palestino foi sem dúvida estimulado pelo ressentimento causado por anos de abusos e humilhações diárias sob a ocupação israelense. (Dias antes da incursão provocadora de Sharon às mesquitas), um grupo de policiais israelenses… deteve três trabalhadores palestinos que voltavam à sua casa e sem razão alguma os submeteu a 40 minutos de tortura. O Sr. Francisco Chronicle informou que os policiais surraram os três homens, bateram suas cabeças contra um muro de pedra e os obrigaram a lamber seu próprio sangue… O fato só saiu a público porque os policiais tiraram fotografias nas quais apareciam com suas vítimas, seguras pelos cabelos, como troféus de caça.” — Artigo O processo de paz termina em protestos e sangue, Rachelle Marshall, Informe de Washington sobre os assuntos do Oriente Próximo, dezembro de 2000.
“Desde aquele momento, a escalada da violência israelense tem vindo acompanhada pelo uso de armamento cada vez mais sofisticado, chegando inclusive a utilizar tanques, helicópteros Apache e aviões de combate F-16 (além de mísseis). (…) Com a intenção de quebrar o apoio da população palestina à Intifada, a estratégia… tem consistido em praticar castigos coletivos e indiscriminados, que têm ido desde o fechamento de cidades e aldeias palestinas ao bombardeio de populações inteiras… passando pela destruição de milhares de árvores e cultivos, assim como dezenas de casas.
(…) Esta guerra de esgotamento está tendo severas consequências nas condições sócio-econômicas dos palestinos. (…) Por outra parte, Israel também se tem visto seriamente afetado, sobretudo nos setores da construção e turismo, o que aumentou significativamente o número de desempregados.” (Obs: A Intifada soma 2.612 mortes palestinas e 822 israelenses; mais da metade dos palestinos está vivendo abaixo do limite de pobreza, com menos de dois dólares por dia). — A Intifada de Al Aqsa e a causa palestina.
“Recentemente, um investigador israelense publicou um artigo dizendo que caso esta situação dure 10 anos mais, Israel acabará entrando em colapso. Os israelenses começaram a abandonar a Palestina com destino a outros países. (…) Posso assegurar que Israel está desesperado com as operações de martírio e da Jihad (a guerra santa, os homens-bomba).
(…) Veja, nós não temos aviões F-16, helicópteros Apache, mísseis e tanques. Temos armas humildes, que podem ser transportadas até o próprio coração do inimigo enquanto este mobiliza seus aviões e tanques.
(…) Não temos o direito de defender-nos com as armas que possuímos, assim como o exército israelense emprega as suas? Por que os israelenses não deixam os tanques e lutam conosco com fuzis para que a luta seja equitativa?” — Entrevista com Shayj Ahmad Yassín, fundador do Hamas, em A resistência armada é um direito de autodefesa.
“Há mais de um ano Israel está levando a cabo a construção um muro de ‘segurança' – conhecido… como o Muro do Apartheid. (…) Pretende-se provocar um novo êxodo de palestinos como em 1947, 1948 e 67, e/ou o seu extermínio pela repressão, subdesenvolvimento e fome.
(…) Já se construiu 245 km …todas as propriedades palestinas, incluídas as casas familiares e granjas a 35 metros do muro, estão sendo destruídas pelo exército. (…) Para centenas de milhares de camponeses palestinos, o muro representa uma prisão que os deixará sem meios de sustento até o ponto que os obrigará simplesmente deixar suas casas e viver em outro lugar como refugiados.” — Informe da Federação Palestina do Chile à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados do Chile, Nancy Lolas Silva, 6 de agosto de 2003.
(*) Fontes principais: Página do informativo Rebelión (www.rebelion.org) e documento A origem do conflito palestino-israelense, 2002, do grupo Judeus pela Justiça no Oriente Próximo (www.palestina.com.mx)