Resistência iraquiana prossegue firme atacando bases e posições dos invasores de seu país. A cada dia aumenta o número de vítimas entre soldados e oficiais da coligação imperialista anglo-americana. Mesmo os mais ardorosos defensores do imperialismo reconhecem que a guerra no Iraque não está ganha.
Desde que o presidente do USA, George W. Bush, anunciou oficialmente o suposto fim da guerra no território iraquiano, no primeiro dia do mês de maio, as tropas da coligação imperialista anglo-americana não tiveram mais um único dia de paz. A resistência iraquiana, agindo clandestinamente dentro de seu país, tem fustigado constantemente posições conquistadas pelos invasores e, quase diariamente, vem executando soldados e oficiais ingleses e ianques.
Mesmo com toda a censura que os monopólios dos meios de comunicação impõem sobre os jornais, rádios e TVs, já é impossível esconder do mundo a verdadeira situação interna do Iraque. Os próprios jornais do império — que há alguns meses previam uma guerra rápida, de vitória segura — são obrigados a reconhecer e noticiar as perdas materiais e humanas das tropas acantonadas no Iraque.
Invasores abatidos
Até os últimos dias de junho, foram confirmadas mais de 65 mortes de soldados ianques, além dos mais de 30 militares ingleses também abatidos pelas forças da resistência iraquiana. Um helicóptero Apache AH64 foi derrubado, veículos blindados detidos pela força de ataques a granada e diversas armas, de variados calibres, foram expropriadas pelos iraquianos em sucessivos ataques.
Apesar das grandes operações militares montadas pela coligação anglo-americana, como a “Península”, as ações das guerrilhas iraquianas prosseguem. Na Capital Bagdá e nas principais cidades do país, ataques armados e ações de sabotagem e fustigamento não param, ocorrendo mesmo sob as vistas das cada dia mais desesperadas tropas de ocupação imperialistas.
Os principais alvos dos guerrilheiros têm sido as forças vivas do inimigo, e a hoje precária rede de serviços básicos do país. Poços de extração de petróleo, indústrias de refino, oleodutos e centrais elétricas foram recentemente atingidos contundentemente por grupos armados iraquianos. Nas últimas semanas de junho, mais de 5 milhões de pessoas em Bagdá ficaram sem energia elétrica, cujo fornecimento foi interrompido pela destruição parcial de seu sistema de distribuição. O objetivo das forças guerrilheiras ao deixar as escuras a capital de seu país é criar um clima de permanente instabilidade para os administradores do protetorado instalado no Iraque, sob controle do USA e aval da ONU (Orgaização das Nações Unidas).
Poços de petróleo e oleodutos são atacados
Em cidades ao norte de Bagdá, redes de oleodutos — que transportam petróleo para indústrias estrangeiras e navios cargueiros das potências imperialistas — foram atacados por agrupamentos rebeldes, que lograram obstruir o fluxo normal do transporte das riquezas de seu país para o exterior. Poços de petróleo espalhados por todo o território iraquiano também foram atacados por grupos armados ou sabotados por trabalhadores que simpatizam com as forças da resistência.
Uma das principais preocupações dos imperialistas na região, o petróleo é questão chave para as forças de ocupação. Sabendo disto, os iraquianos utilizam todas as formas possíveis de sabotagem, incêndio e bloqueamento de suas reservas. Mesmo que fortemente vigiadas, são constantes os incidentes envolvendo instalações petrolíferas.
Apoio popular
Todas as ações executadas pela resistência iraquiana têm sido muito bem recebidas pelas massas daquele país. A hostilidade do povo com relação aos exércitos de ocupação aumenta dia após dia, o que aterroriza os soldados da coligação anglo-americana, que vêem em cada rosto da população um inimigo potencial.
Desse modo, com medo de atentados e ataques surpresa da guerrilha, soldados ianques e ingleses agem com extrema truculência e disparam, ao menor sinal de agitação, sobre manifestantes de rua ou qualquer pessoa por ventura considerada suspeita. Com isso, a cada novo massacre de civis desarmados que resulta do descontrole imperialista, aumenta mais o ódio popular contra os invasores.
Passo a passo, soldado a soldado, a resistência iraquiana vem enfrentando com bravura os ocupantes de sua terra e, se continuar o mesmo ritmo de ações atual, logo os ianques estarão atolados num caminho sem volta.