Ato contra a privatização do Maracanã, 01/12/2012
Na manhã do último dia 1º de dezembro, centenas de pessoas se reuniram na Praça Saens Peña, no bairro da Tijuca, zona Norte do Rio de Janeiro, e partiram em passeata até o Estádio Mário Filho (Maracanã) na manifestação batizada de “O Maraca é Nosso! Grande ato unificado contra a privatização e as demolições do Complexo do Maracanã”.
O ato, organizado pelo Comitê Popular da Copa e Olimpíadas, contou com a participação de diversas organizações que lutam para evitar a demolição do Parque Aquático Julio Delamare, do Estádio de Atletismo Célio de Barros, da Escola Municipal Friedenreich e do prédio onde funcionou o Museu do Índio.
Reproduzimos um trecho do panfleto distribuído para a convocação do ato:
“Você sabia que o governo do estado tá querendo vender o Maracanã pro Eike Batista em uma das transações mais bizarras e criminosas da história?
O contrato que querem aprovar fará com que ao fim de 35 anos nós não tenhamos recebido nem 17% de tudo que foi investido com nosso dinheiro no Maraca de 1999 pra cá. Pra se ter uma ideia, isso não paga nem os juros dos financiamentos feitos pelo Estado nas reformas do estádio. Em compensação, o sr. Eike teria um lucro acima de 2 BILHÕES!
Como se não bastasse, o projeto prevê a demolição do Estádio de Atletismo Célio de Barros, do Parque Aquático Júlio Delamare, da Escola Municipal Friedenreich e do prédio histórico do antigo Museu do Índio para a construção de estacionamentos e shopping centers. Atletas olímpicos e paraolímpicos ficariam sem ter onde treinar. Jovens, crianças, idosos e deficientes físicos atendidos por projetos sociais ficariam a ver navios. Os indígenas, antropólogos, historiadores e arquitetos que defendem o Museu do Índio também. E os alunos, pais e professores perderiam uma das dez melhores escolas públicas de ensino fundamental do país…”