RO: Escola Popular realiza 1ª Feira Cultural

Camponeses desenvolvem experimentação científica
Camponeses desenvolvem experimentação científica
Camponeses desenvolvem experimentação científica

RO: Escola Popular realiza 1ª Feira Cultural

A Escola Popular Antônio Dias realizou sua 1ª Feira Cultural com diversas atividades educativas e culturais voltadas para os camponeses de Corumbiara (RO), no dia 14 de dezembro. 

Localizada a 847 km de Porto Velho, nas terras onde outrora foi o latifúndio de Santa Elina, palco da heroica resistência camponesa ocorrida em 1995 e que foi retomada pelos trabalhadores em 2010, a Escola Popular Antônio Dias foi erguida pelos próprios camponeses e atende a jovens e adultos da região. 

Camponeses desenvolvem experimentação científica

A Feira Cultural despertou o interesse de visitantes de todas as idades. Ao todo passaram pelo evento quase 100 pessoas das áreas revolucionárias Zé Bentão, Renato Nathan, Alzira Monteiro, Alberico Carvalho, Maranatã 1, Maranatã 2 e do Acampamento Manoel Ribeiro. Todas estas áreas encontram-se nas terras retomadas do latifúndio de Santa Elina. 

As atividades iniciaram-se com uma homenagem importantíssima aos heróis do povo e camponeses que morreram naquelas áreas desde 1995, lutando pelo sagrado direito à terra e por um Brasil novo. 

Muitos outros lutadores e trabalhadores já perderam suas vidas ali e também serão homenageados nas Feiras dos próximos anos. Familiares do camponês Gean, falecido recentemente, estiveram presentes e destacaram que apesar de simples, a homenagem foi feita com respeito e consideração. A irmã do lutador popular Darli, desaparecido desde o dia 9 de agosto de 1995, agradeceu pela lembrança para além da família. Mas o povo não esquece os seus, sejam eles heróis que morreram lutando pelos direitos do povo ou simples trabalhadores, que com seu suor e mãos calejadas, garantem o alimento na mesa dos brasileiros. 

Durante a feira, crianças e adolescentes apresentaram uma adaptação da peça infantil “Eu chovo, tu choves, eles chovem”, de Sylvia Orthof. Um camponês relatou que o espetáculo o fez recordar a importância de conquistar um pedaço de chão para se ver livre da exploração do latifúndio. Em seguida, alguns alunos leram livros infantis. Na feira também foram expostas e vendidas roupas usadas, arrecadadas por apoiadores e os recursos levantados serão utilizados na sustentação da Escola Popular. 

A realização deste evento só foi possível com a participação de diversos camponeses e trabalhadores apoiadores, especialmente mulheres, crianças e adolescentes, na divulgação, limpeza, ornamentação, ensaios, arrecadação e outras tarefas. A Escola Popular Antônio Dias planeja, para 2020, realizar Feiras como esta em cada uma das 6 áreas camponesas da região.

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