Usuários do transporte coletivo da zona sul de São Paulo interditaram a avenida Guarapiranga, uma das mais importantes da cidade, protestando contra os constantes engarrafamentos e atraso dos ônibus e reivindicando a instalação de corredores para os coletivos nas avenidas.
Os cerca de 1500 manifestantes atearam fogo em pneus e apedrejaram alguns ônibus. A polícia atirou bombas de gás lacrimogêneo sobre multidão e prendeu cinco manifestantes.
Só depois dessa demonstração de força da massa é que a prefeitura de São Paulo tomou algumas providências, como a transferência de linhas e multa a empresas que atrasam a partida dos veículos.
A situação do trânsito em São Paulo beira o caos há vários anos e desde o início de 2008 os congestionamentos tem batido recordes sucessivos, ultrapassando os 180 quilômetros no início de março. Os usuários de ônibus enfrentam viagens cada vez mais demoradas em veículos superlotados e pagam altas tarifas.
— A gente acorda às 5h para chegar ao trabalho às 9h e, ainda assim, não consegue. Chega atrasado e o patrão não quer saber. Desconta e dá bronca — diz Cássia Regina Jesus da Silva, de 24 anos, em depoiemtno publicado pelo jornal Extra, do Rio de Janeiro.
Quem tem acesso a metrô e trem também não tem do que se alegrar, uma vez que as malhas são deficitárias, com péssima conservação, veículos superlotados e tarifas exorbitantes. Acidentes são constantes com trens da CPTM.