Sionistas usam crise humanitária como arma de sua guerra de agressão

Até o dia 22 de novembro, o Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 14 mil pessoas já morreram durante os bombardeios criminosos.
Militares sionistas operam no hospital de Al-Shifa. Foto: Associated Press

Sionistas usam crise humanitária como arma de sua guerra de agressão

Até o dia 22 de novembro, o Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 14 mil pessoas já morreram durante os bombardeios criminosos.

Até o dia 22 de novembro, o Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 14 mil pessoas já morreram durante os bombardeios criminosos. Os bombardeios tiveram como alvos casas, instalações hospitalares móveis ou fixas, escolas, assentamentos de refugiados e abrigos humanitários. Além dos bombardeios diuturnos, Israel implementou um cerco total a Gaza, cortando fornecimento de energia elétrica, água, comida, medicamentos e outros suprimentos necessários para a manutenção da vida humana. Gaza foi convertida em um campo de concentração integral – de fato, sequer comparável ao Gueto de Varsóvia, porque muito pior do que chegou a ser este último.

Após bombardear o Hospital Al-Ahli com mísseis JDAM, deixando um total de 500 pessoas mortas em 17 de outubro, e que gerou uma grande revolta internacional, o Estado sionista de Israel continuou promovendo ataques aos hospitais de Gaza. Uma operação de agressão foi realizada contra o complexo médico Al-Shifa, sob alegação esdrúxula de que os hospitais de Gaza seriam bases operacionais do Hamas. Como se não bastasse o terror levado a mais de 3 mil pessoas que se abrigam no edifício do hospital, dentre eles 650 pacientes e 700 funcionários médicos, as tropas sionistas plantaram armamentos e equipamentos para validar sua aberração perante o mundo.

De fato, a cúpula sionista busca, em Gaza, utilizar a crise humanitária, num sentido muito amplo, como arma de guerra – e, quiçá, diferentemente de todas as guerras de agressão modernas, o faz de forma descarada, desavergonhada, até justificada. Não há paralelo, nem mesmo nos horrores provocados pelos nazistas. Neste sentido, a cúpula sionista veste os trajes nazistas para aperfeiçoá-los no que se refere à perversidade e à justificativa: melhor do que os nazistas, os sionistas têm a “desculpa perfeita” para repetir o Holocausto, agora contra os palestinos.

Todavia, os horrores contra os palestinos – embora acentuados – não começaram agora. Em 16 anos, mais de 17 mil palestinos foram mortos em ataques realizados pelo Estado sionista de Israel. Nos últimos 10 anos, o Estado sionista empreendeu diversos episódios de massacres contra o povo palestino, sobretudo em Gaza. Em maio de 2021, a polícia sionista de Israel invadiu a Mesquita de Al-Aqsa, em uma ação terrorista e assassinou 260 palestinos. Em 2018, mês de março, as tropas de Israel executaram mais de 170 palestinos que protestavam. Retrocedendo mais: em 2014, Israel realizou em sete semanas um massacre sanguinário contra os palestinos em Gaza, deixando 2,2 mil palestinos assassinados; em novembro de 2012, 174 palestinos foram assassinados durante o massacre realizado pelas tropas sionistas em Gaza.

Como se vê, a ação da Resistência Nacional palestina, em 7 de outubro, foi a reação ao genocídio sistemático e persistente perpetrado pelas tropas sionistas. Não ver isso é não ver nada.

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