Conflito já dura 19 meses e 300 mil sírios já deixaram o país
Enquanto continua a queda de braço entre mercenários do imperialismo e o Estado reacionário Sírio, os 20 milhões de habitantes do país seguem no meio do fogo cruzado. Segundo a mais nova denúncia da organização Human Wrights Watch, os aviões do exército de Bashar Al-Assad estariam atirando bombas de fragmentação nas áreas de conflito. Em 2010, o gerenciamento sírio se negou a assinar um tratado outorgado por mais de cem países que bania o uso da bomba.
O conflito na Síria já deixou 33 mil pessoas mortas segundo organizações internacionais de “direitos humanos”. Ainda não existe uma estimativa do número de feridos. Contudo, sabe-se que no país não existe um sistema de saúde capaz de atender a crescente demanda por leitos nos hospitais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 67% dos hospitais públicos da Síria foram afetados pelo conflito armado, sendo que 29% já se encontram fechados. Ainda segundo a OMS, de um total de 520 ambulâncias que estavam em funcionamen- Sírios vítimas do Estado e dos mercenários to no país antes do conflito, pelo menos 271 foram danificadas de alguma forma e 177 se encontram fora de serviço.
No início de outubro, após uma suposta violação da fronteira pelo exército sírio, a Turquia dirigiu os primeiros ataques contra o país vizinho, intervenção há muito desejada pelo imperialismo, mas que até então não tinha “motivo” para ocorrer. Organizações do mundo todo condenaram a invasão turca e denunciaram seu caráter genocida (ver página 15).
O sofrimento do povo não pára por aí. Segundo dados do Programa Mundial de Alimentação (PMA) da ONU, 1,4 milhões de pessoas estão sem ter o que comer no país e dependem de organizações nãogovernamentais para se alimentarem.
O conflito no país já dura 19 meses e não tem previsão de trégua, já que o exército mercenário que luta co ntra as tropas de Bashar Al-Assad tem recebido cada vez mais armas do USA. Enquanto isso, 300 mil sírios já deixaram o país e milhares se deslocaram todos os dias para campos de refugiados na Jordânia e Turquia.