Surge o primeiro comitê contra a farsa eleitoral

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Surge o primeiro comitê contra a farsa eleitoral

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Reunião do comitê contra a farsa eleitoral, em Belo Horizonte

Na noite de 26 de julho, cerca de 40 pessoas, entre operários, aposentados, desempregados, estudantes, professores, donas de casa, sindicalistas, trabalhadores ambulantes, etc., realizaram a primeira reunião para a conformação de um comitê contra a farsa eleitoral em Belo Horizonte e região.

Essa primeira reunião foi fruto de debates entre representantes de diversos movimentos que, ao longo dos últimos anos, protestam contra a farsa eleitoral e propõem o caminho da mobilização e organização do povo para lutar.

Durante duas semanas, foram feitas convocações em locais de trabalho, e o trabalho de “formiguinha” surtiu efeito. Entre os presentes, estavam duas companheiras, mãe e filha, que, ao ouvirem e o chamado para a reunião feito no programa Tribuna do Trabalhador, na Rádio Favela, se interessaram e decidiram participar.

Durante a reunião, os movimentos e pessoas presentes defenderam o que consideram ser a linha geral do comitê e perguntas importantes foram levantadas: o que ocorre se a maioria da população boicotar as eleições? Se a proposta é não votar ou votar nulo, qual será o próximo passo?

Não participar das eleições, votar nulo, abstenção, realização de comícios para esclarecer a população sobre essa proposta, colagens de cartazes, debates, entre outras ideias foram apresentadas.

O comitê irá se reunir periodicamente para debater propostas e definir suas atividades. De acordo com as posições expressas nessa primeira reunião, a proposta é de que ele seja o mais amplo possível, mas que reúna pessoas e movimentos seguindo o princípio do repúdio à farsa eleitoral. O comitê produzirá materiais e realizará ações definidas em consenso, mas os movimentos que defendam bandeiras não consensuais têm autonomia para realizar ações de forma independente, sem utilizar o nome do comitê.

A reunião terminou em um clima de grande entusiasmo e todos partiram para seus locais de trabalho para intensificarem a convocação e a ampliação. Em breve o comitê deverá criar um blog para o debate e divulgação de seus materiais. AND seguirá acompanhando o desenvolvimento desse trabalho e, assim que tivermos maiores informações, transmitiremos aos nossos leitores.

Promessa de campanha: mais repressão

O candidato à reeleição pelo PSB em Belo Horizonte, Márcio Lacerda, declarou em evento de campanha que “pretende lidar com manifestações de rua de duas formas: com a polícia militar ou com a justiça. Segundo ele é preciso ter quatro policiais militares para cada manifestante” [fonte: jornal Hoje em Dia de 28 de julho de 2012]. Seu adversário no pleito eleitoreiro, Patrus Ananias (PT), não agiu diferente quando ocupou o posto de gerente municipal na capital mineira. Em 1996, ele ordenou o despejo policial da tomada do terreno Vila Corumbiara. As famílias organizadas pelo movimento Luta Popular pela Moradia resistiram ao cerco policial e conquistaram suas casas.

Márcio Lacerda, em seu primeiro mandato, agiu do mesmo modo, mandando despejar as famílias da ocupação Eliana Silva, também no bairro Barreiro.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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