Um conselho forte para dias de luta

Um conselho forte para dias de luta

Desde que consolidamos a tiragem mensal do AND, a partir da edição nº 49, em janeiro de 2009, o conselho editorial do jornal se reuniu três vezes.

A primeira foi em São Paulo, no dia 19 de junho de 2009, ocasião em que inauguramos a sucursal do jornal no Centro da capital paulista, próximo à Praça da Sé. A reunião do conselho editorial, que balanceou os 8 anos de AND e, no encerramento, foi realizada uma fraternal reunião, prestigiada por companheiras e companheiros colaboradores e apoiadores, artistas, operários, estudantes e vendedores ambulantes.

A segunda reunião aconteceu no dia 10 de junho de 2011, no Rio de Janeiro, e foi dedicada à memória dos companheiros Paulo Queiroz, membro do conselho editorial de AND, e Luiz Carlos Martinho, apoiador do jornal no Norte de Minas Gerais, ambos falecidos em março daquele ano.

Essa reunião se deu em meio à rebelião dos povos do Norte da África e Oriente Médio e a grandes protestos populares na Europa. Avaliamos o novo impulso nas lutas populares, a primeira onda de rebeliões nas obras do PAC e novas greves de trabalhadores que eclodiam em vários setores. Também debatemos sobre as operações desencadeadas pelo velho Estado contra o movimento camponês, os assassinatos de lideranças e ativistas camponeses na Amazônia.

A terceira e última reunião desse ciclo também ocorreu no Rio de Janeiro, como parte das atividades de celebração dos 10 anos do jornal, no dia 9 de junho último.

Realizada em ambiente de companheirismo e desafios, a reunião balanceou o período em que ocorreu a segunda onda de rebeliões nas obras do PAC que resultou na militarização dos canteiros de obras em Santo Antônio e Jirau – RO, onde trabalhadores foram perseguidos, presos e torturados, e também em Belo Monte – PA, onde os operários trabalham sob a mira de fuzis da Força Nacional. Novos membros foram admitidos: o professor Marcos Oliveira e o advogado especialista em direito previdenciário Cláudio Ribeiro.

O conselho realizou o balanço da situação política atual e debateu como o nosso jornal se preparará para responder aos problemas de hoje e de amanhã, de como nos prepararemos para alcançar a desafiadora meta da tiragem quinzenal de A Nova Democracia.

Propostas foram apresentadas tanto no que diz respeito ao projeto gráfico, ao conteúdo e a maior colaboração dos membros do conselho na redação de artigos e na própria dinâmica do jornal.

A reunião mostrou por si só que apenas um dia é pouco para debatermos temas da magnitude dos assuntos abordados no jornal e que teremos que promover mais encontros e com maior duração, seminários e debates para aprofundarmos o nosso trabalho, ampliarmos nossas capacidades e respondermos à altura das lutas de hoje e do, por hora tormentoso, mas brilhante futuro que lutamos por construir.

 Todos os membros mostraram-se otimistas e confiantes quanto aos ousados objetivos do jornal A Nova Democracia.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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