Munição e aparelhos de monitoramento ianques apreendidos na Argentina
Bem ao estilo dos chefes políticos demagogos que ora administram várias semicolônias sul-americanas, em meados de fevereiro a gerência argentina encabeçada por Cristina Kirschner acusou o USA de tentar traficar armas e equipamentos de espionagem no território do maior vizinho limítrofe do Brasil. O exército ianque teria se aproveitado de um convite que lhe foi feito pelos ocupantes de turno da Casa Rosada para que ajudassem a treinar a Polícia Federal da Argentina para infiltrar toneladas de equipamentos militares no país.
Autoridades da Argentina descobriram quase 30 metros cúbicos de metralhadoras, munições e aparelhos de monitoramento via satélite não declarados a bordo de um avião C-17 da força aérea ianque que aterrissou em Buenos Aires a pretexto de trazer efetivos para “treinamento policial” requisitados por Cristina Kirchner.
Toda a carga foi confiscada pela gerência argentina e o USA reagiu: o porta-voz do Departamento de Estado ianque, P. J. Crowley, afirmou categoricamente que todo o material que estava a bordo do C-17 havia sim sido declarado às autoridades argentinas, “à exceção de um número de série de um dos itens”, e o secretário de Estado adjunto do USA para a América Latina, Arturo Valenzuela, mostrou os dentes, dizendo que era “absolutamente necessário” que a Argentina devolvesse “imediatamente” as armas e demais equipamentos confiscados imediatamente.
A semicolônia Argentina é ora gerenciada por uma facção oportunista que nutre o hábito de endurecer a falácia anti-imperialista para escamotear o fato de que, por trás, esmera-se mesmo é em agenciar a nação junto aos monopólios. À moda Hugo Chávez, que não engana mais quem quer que seja. Para a gerência Kirschner, portanto, o episódio do confisco do material bélico ianque e a acusação de tráfico de armas dirigida ao USA serviu apenas para incrementar esta carapuça. Tanto que, após todo o alarde, a justiça argentina cumpriu à risca o papel que lhe cabia na presepada: mandou devolver tudo a Washington.
FBI treina a PM do Rio
Para os povos sul-americanos, o episódio serviu de alerta sobre a recorrente presença de militares e policiais ianques na América do Sul, e sobre para que serve este tipo de “convênio” firmado entre as gerências das semicolônias da região e os órgãos civis e militares do USA aos quais cabe o controle das massas — interna e externamente — a fim de treinar as forças de repressão locais nas artes das táticas da repressão ao povo.
Ao povo brasileiro em particular também interessa saber que a já famigerada Polícia Militar do Rio de Janeiro também recebeu recentemente treinamento ianque, desta vez da polícia federal do USA, o FBI, a título de aumentar a segurança e reduzir o número de agentes da PM feridos ou mortos em serviço. O treinamento aconteceu nos dias 23 e 24 de fevereiro no auditório da Academia de Polícia Militar D. João VI, em Sulacap, na zona Oeste da capital fluminense. Tudo sobre a superintendência do adido policial do FBI no Brasil, David Brassanini.
Brassanini e sua trupe voltaram à carga, sempre a convite da gerência de Sérgio Cabral, no dia 28 de fevereiro, quando começaram um treinamento para uma turma de 11 agentes da Polícia Civil e por cinco oficiais da Polícia Militar para capacitá-los no uso do Centro de Comando Virtual, sistema de vigilância informatizado e interligado utilizado nas grandes cidades do USA sob o pretexto de combater o terrorismo, e que no Brasil encontrará o álibi de sempre, o crime organizado, para a implementação de mais este instrumento de controle das massas.
E o que dizer dos helicópteros de guerra ianques sobrevoando os bairros populares cariocas a título de preparar a segurança de Obama, que visitou o Rio no dia 20 de março. Há poucos anos foi o porta-aviões George Washington que desfilou pela Baía de Guanabara, carregando a bordo poder de fogo suficiente para mandar a cidade do Rio inteira pelos ares, para participar da 49ª Operação Unitas, “exercício militar” conjunto entre USA, Brasil e Argentina.
O sonho de Cabral parece ser o de fazer no estado do Rio o que Álvaro Uribe fez na Colômbia, ou seja, abrir as portas e deixar que o inimigo entre para ficar.