Verdades inconvenientes para a grande burguesia crioula

Verdades inconvenientes para a grande burguesia crioula

O gerenciamento da frente oportunista e eleitoreira de Dilma Rousseff (PT/PMDB/pecedobê) desmorona a olhos vistos. Este é um fato objetivo, irrefutável, de grandes proporções e importância histórica que vai para muito além da insossa e permanentemente requentada disputa eleitoral entre a falsa “esquerda” eleitoreira e a direita declaradamente “neoliberal”.

As repercussões políticas da bancarrota do governo petista trazem consequências gravíssimas que, forçosamente, unificam as preocupações entre as classes dominantes, fazendo tirar o sono desde coronéis como Sarney até politicastros playboys como Aécio Neves.

Quem, entre os grupos de poder nas diferentes frações do Partido Único das classes dominantes, é minimamente esclarecido, mesmo que do seu ponto de vista reacionário, sabe muito bem que a bomba relógio no colo de Dilma Rousseff não é só dela ou do seu partido. Até entre a imprensa marrom burguesa já se ouvem gritos histéricos de pseudo-cientistas políticos e congêneres que, depois de a casa já ter pegado fogo, começam a berrar que estão sentido o cheiro da fumaça do que afirmam ser uma “crise institucional”.

Sob mil e um eufemismos, em declarações mais sinceras ou nem tanto, é perceptível o desespero entre aqueles que vislumbram a barafunda em que se enfiaram. Não que a banqueirada e o “agronegócio” cogitem a possibilidade de “pagar o preço da crise”. Isto, desde sempre, está fora de questão. Mas, simplesmente, porque, apesar de entorpecidos em sua ignorância reacionária, sabem o que o desemprego, o arrocho e a carestia de vida costumam fomentar entre a “plebe”.

Ademais de ódio e desprezo, toda esta canalha tem muito medo do povo, é claro, com razão. Luiz Inácio da Silva, operário padrão do FMI, um dos maiores (senão o maior) pelegos, já treinado pelas escolas contrainsurgentes do sindicalismo ianque em todo o mundo, sabe muito bem desta inconveniente verdade e joga com a mesma, se apresentando novamente como a tábua de salvação dos monopólios estrangeiros e nacionais, como se ainda fosse possível, por meio de seu já um tanto quanto puído “carisma”, conter o agravamento da crise econômica, política e social do capitalismo burocrático no país. Até que ponto uma mente megalomaníaca e doentia como a de Lula é capaz de ter consciência da realidade não tem tanta importância, fará o que tiver ao seu alcance, venderá mais um dedo, se necessário, para poder cumprir o seu pomposo papel de “salvador da pátria”.

Rousseff, que não tem o mesmo cacife e traquejo, está já com as mãos coçando para passar a batata quente para frente, ainda que não esteja convencida em largar o osso, digladiando contra moinhos de vento dentre peemedebistas, tucanos e delatores. Para não sermos injustos, podemos dizer que, com estes mais de 4 anos de experiência no “poder”, a “mulher sapiens” Dilma Rousseff está “evoluindo” de um mero poste para se transformar em um exímio saco de pancada.

As classes dominantes estão entre a cruz e a espada. Não possuem mais a carta nas mangas que foi o PT para jogar água fria no descontentamento popular e, para não colocar em risco um centavo sequer dos lucros do imperialismo, a política econômica de austeridade com seus tarifaços, cortes de direitos e verbas nos serviços básicos somados às incontroláveis taxas de juros e inflação, deixam pouca margem para suas manobras.

Olham apreensivos entre as frestas, sentindo o cheiro da maresia e o barulho das ondas batendo com sua justa violência no casco de seu velho e carcomido navio sem rumo… Para nós, humildemente, com o otimismo que nos é característico (e que é para esta canalha inexplicável), a festa está ainda em seu início, já que o proletariado mal entrou em cena. As grandes jornadas de luta de junho/julho de 2013 foram tipo um ensaio, como uma banda passando o som às pressas antes do show, mas já foi o suficiente para gerar tanta confusão e desespero entre eles e, ao mesmo tempo, deixar as coisas bem mais claras para nós e entre nós! Mais uma vez, só nos resta dizer: “Bem-vinda seja a tempestade!

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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