MBL, ‘Direita Minas’ e um rebotalho de ‘monarquistas’ são escorraçados pela juventude na Unimontes

MBL, ‘Direita Minas’ e um rebotalho de ‘monarquistas’ são escorraçados pela juventude na Unimontes

Jovens antifascistas se reuniram para impedir exibição de documentário pró-regime militar

Estudantes ligados aos grupelhos reacionários de Montes Claros (MG), como o MBL, a “Direita Minas” e um rebotalho de “monarquistas”, foram rechaçados pelos estudantes e parte significativa da comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), na última sexta-feira, dia 12 de abril.

Como resposta desesperada ao evento crítico realizado em função da passagem dos 55 anos do golpe militar de 1964, realizado durante todo este mês de abril pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPGH/Unimontes), tais estudantes direitistas tentaram, em vão, exibir o documentário “Entre Armas e Livros”, dirigido por Felipe Valerim e Lucas Ferrugem, do site “Brasil Paralelo”. Tal documentário apoiado por Jair Bolsonaro é uma obra favorável ao regime militar e é composto por depoimentos de figuras como o guru da extrema-direita Olavo de Carvalho, o jornalista (e agente da CIA) William Waack e do pseudo-filósofo Luiz Felipe Pondé.

Porém, como tem ocorrido em diferentes regiões do país [1], os defensores do regime militar foram impedidos pelo repúdio dos estudantes e demais setores progressistas da comunidade acadêmica da universidade. Pressionada pelos estudantes de História, Filosofia e outros cursos, a diretoria do Centro de Ciências Humanas (CCH) proibiu a exibição do filme. Tamanha é a covardia dos fascistoides, que, quando foi feito o requerimento para a reserva do auditório, alegaram se tratar de um evento de cunho “artístico”.

Além de impedir a exibição do seu documentário fascista, dezenas de estudantes e professores compareceram a um ato de repúdio contra o golpe militar de 1964, convocado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). Meia dúzia de ativistas do MBL e seus asseclas, numa atitude provocativa, compareceram a tal evento. Em tom policialesco, tais indivíduos filmaram e fotograram os presentes, mas foram literalmente escorraçados pela juventude, que puxou palavras de ordem contra o regime militar, o governo militar de Bolsonaro e cantaram canções populares do período de resistência ao regime. Além disso, exibiram fotografias de jovens estudantes, heróis do povo brasileiro, que tombaram na luta de resistência ao gerenciamento militar fascista pró-ianque, como Honestino Guimarães.

O Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia esteve presente no evento e usou da palavra no microfone:

“Saudamos a iniciativa do DCE pela realização deste importante ato político. O regime militar de 1964 foi um golpe de Estado financiado e promovido pelo imperialismo dos Estados Unidos para aprofundar a dominação de nosso país e a exploração de nosso povo, roubar nossas terras, riquezas minerais, impor a hegemonia de seus monopólios e impedir nossa industrialização e desenvolvimento. Foi um crime contra todo o nosso povo e a soberania de nossa pátria. O gerenciamento de Bolsonaro, tutelado pelo Alto Comando das Forças Armadas, apoia o regime militar de 1964 porque busca aprofundar esta mesma política de subjugação nacional, de entrega de nossas terras e riquezas minerais e de aumentar ainda mais a exploração dos monopólios e bancos ianques. Vejamos o exemplo da base de Alcântara, das malditas “reformas” trabalhistas e da Previdência. Com esta juventude combativa que está presente aqui hoje, junto aos camponeses, operários e todo o povo brasileiro, vamos derrubar o golpe de Estado contrarrevolucionário preventivo ao inevitável levantamento das massas em curso no país. Rebelar-se é justo! Fascistas, não passarão!‘ 

A fala do companheiro do Comitê foi muito aplaudida e a palavra de ordem “Fascistas, Não Passarão!” foi entoada a pleno pulmões pela juventude, para desespero das “olavetes” presentes. Apoiadores do jornal venderam números da atual edição do AND e distribuíram dezenas de panfletos do Comando de Luta pela Greve Geral que conclama: GREVE GERAL DE RESISTÊNCIA NACIONAL!


Notas:

[1] Ver MS: Vitoriosa mobilização estudantil barra exibição de filme pró-regime militar na UFGD.

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