A Starlink, empresa do magnata imperialista Elon Musk, tem como advogado no Brasil Tomás Scholler Paiva, filho do comandante do Exército reacionário brasileiro, Tomás Ribeiro Paiva. As informações são de uma reportagem da revista Fórum do dia 4 de setembro.
De acordo com a reportagem, o filho do comandante é sócio do escritório Demarest Advogados, que advoga para a Starlink desde 2022.
Além disso, há outras evidências da relação entre a Starlink e o Exército: meses atrás, o Tribunal de Contas da União (TCU) passou a investigar a força terrestre por um edital que favoreceu a Starlink, ao estabelecer exigências que apenas a mesma poderia cumprir.
Sendo de amplo conhecimento como se operam as relações dentro do núcleo do establishment, é bastante razoável supor que tal relação é parte de um acordo maior, um silencioso toma-lá-dá-cá entre Musk e Exército.
Em maio, o AND mostrou, em uma reportagem, os interesses em comum que o Exército, Elon Musk e latifundiários cultivam no Brasil, sobretudo na região amazônica.
Os planos se delineiam no sentido de “abrir mata” para o avanço do latifúndio na Amazônia, principalmente através da utilização dos satélites Starlink, que possibilitam que grupos de latifundiários e pistoleiros estabeleçam comunicação em zonas remotas e de vegetação densa, garantindo seus planos de invasão ilegal de terras públicas e expansão da fronteira agrícola.
Os satélites também são usados amplamente no grande garimpo ilegal, negócio que conta com a participação ativa de diversos militares reacionários da cúpula da instituição.
Esse episódio é mais uma comprovação da ligação umbilical entre imperialismo – representado, neste caso, na figura de Musk –, as Forças Armadas e o latifúndio, todos unificados na exploração das riquezas naturais e no combate às massas camponesas, indígenas e quilombolas, principalmente no Norte do País. Intento que escancara relações sensíveis e que, inevitavelmente, fracassará.