México: Manifestantes enforcam boneco Trump em frente ao consulado do USA

México: Manifestantes enforcam boneco Trump em frente ao consulado do USA


Ativistas da Corrente do Povo – Sol Vermelho exigem o aparecimento de Ernesto Sernas com vida. Foto: Corrente do Povo – Sol Vermelho

Ativistas das Brigadas Juvenis do Povo enforcaram, no dia 8 de julho, um boneco de papelão do presidente do USA, Donald Trump, em frente ao consulado ianque na Cidade do México, como forma de repúdio à sua política de imigração. Os manifestantes denunciaram ainda o intervencionismo do USA em vários países do mundo e a subordinação do “novo governo” do velho Estado mexicano aos interesses imperialistas.

O ato fez parte da campanha nacional por justiça e direito dos povos, e como continuação da programação, os revolucionários tomaram as instalações da Secretaria de Governo do Estado do México, importante órgão governamental que trata de assuntos como a politica interna do velho Estado e coordena ações de “proteção civil” e “segurança nacional”. 

Lá foram rememorados, pelo Centro Cultural de Estudos da Ciência para a Revolução Proletária, vários revolucionários mortos, torturados e presos na luta pela Revolução de Nova Democracia. “Eles serviram ao povo de todo o coração, atingiram os mais altos degraus do misticismo e da moral comunista, dedicaram suas vidas e forças à luta pela libertação do proletariado e do povo trabalhador; eles são como nós e devemos aspirar a sermos como eles”, enfatizou o Centro Cultural. 

Terceira fase da campanha por justiça e direito dos povos

Naquele mesmo dia iniciou-se uma mobilização nacional por justiça na Cidade do México, no intuito de denunciar e  exigir justiça aos crimes do velho Estado contra lutadores populares e em defesa dos direitos dos povos. A campanha nacional ocorre dando ênfase ao caso de Dr. Sernas, advogado do povo mexicano sequestrado e desaparecido pelo velho Estado mexicano em setembro de 2018; e Luís Armando, dirigente revolucionário assassinado por forças paramilitares, em abril de 2019.

Além da importante denúncia contra o arquirreacionário Trump, no dia 9 de julho foi feito um ato político-cultural pelo grupo Amanhecer dos Povos e o Coletivo de Propaganda Popular, onde foram lembrados e comemorados os lutadores populares Sernas, Luís Armando e Florencio Medrano Mederos (El Guero), dirigente do Partido do Proletário Unido da América, que lutou por colocar o maoísmo como guia da luta do proletariado e dos povos mexicanos. “Nós somos a continuação do trabalho do camarada Medrano, e as montanhas do sudeste e do centro do país são nosso abrigo”, pontuou o Centro Cultural.

No dia seguinte, foram feitas marchas até a Secretaria da Saúde, junto dos trabalhadores da saúde, seguido pelo fechamento da secretaria nas entradas e saídas, onde se demonstrou a solidariedade internacionalista aos revolucionários indianos. O evento ressaltou também a necessidade de constituir a Frente Popular como uma organização democrático-revolucionária que reunirá todas as lutas e resistências dos movimentos operário, estudantil, camponês e popular mexicanos sob uma linha de classe.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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