Caixas de documentos são queimados em frente à procuradoria geral. Foto: Víctor de la Cruz.
Dezenas de mulheres invadiram a Procuradoria Geral da Cidade do México e queimaram caixas de documentos durante um protesto contra o feminicídio e a brutalidade policial, no dia 13 de novembro. As jovens responderam à repressão policial com pedras e enfrentamentos corporais em diversos momentos.
A manifestação aconteceu em rechaço à repressão da polícia a um outro protesto ocorrido no dia 09/11 contra o assassinato de uma jovem. Nessa ocasião, a polícia tentou dispersar o protesto com tiros de arma de fogo e perseguição aos manifestantes, sendo que até mesmo jornalistas foram atingidos com as balas.
Cerca de 30 manifestantes no dia 13, enfrentando 320 policiais presentes, invadiram o Centro de Atenção à Violência Doméstica da Procuradoria Geral da República, quebrando janelas e portas. Lá, ergueram barricadas com materiais da instituição e denunciaram o velho Estado ter arquivado inúmeras pastas de investigação sobre femicídios e violência contra a mulher.
Elas lembraram com palavras de ordem e pichações o nome de Bianca Alejandrina Lorenzana Alvarado, de 20 anos, conhecida como Alexis, desaparecida em Cancun uma semana antes e cujo corpo foi encontrado no dia 09/11.
As manifestantes seguiram até a estação de metrô mais próxima após os enfrentamentos em frente à procuradoria geral, sendo cercas empurradas e atacadas com gases pela polícia, ao que elas responderam quebrando janelas da estação.
De acordo com dados de organizações civis, mais de dez mulheres são assassinadas no México todos os dias. Desde o ano passado, diversos protestos combativos foram realizados pelas mulheres mexicanas, combatendo a brutal repressão policial em cada um deles.
Veja aqui o vídeo do protesto: