Em meio à perseguição estudantil e fechamentos de CAs e DAs, o Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino – UFMG realizou um grande ato, mesmo com proibições, na Praça de Serviços, centro da UFMG, na última sexta-feira (06/12).
O ato ocorreu após a censura por parte da reitoria. Os membros do comitê, composto por professores, técnicos e estudantes, em reuniões diversas para definir o caráter da atividade, marcaram com antecedência um festival, planejando chamar membros da comunidade árabe vendendo comidas típicas, palestinos residentes em Belo Horizonte, apresentações culturais e debates dentro da universidade.
A reitoria, quando soube o caráter do evento, tentou impedir a atividade afirmando que o evento seria apenas acadêmico. Na tentativa de isolar a atividade, propôs que fosse realizada apenas na FAFICH (Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas).
Se solidarizando com os estudantes perseguidos, o comitê respondeu a reitoria à altura, mantendo a atividade, levantando alto uma enorme bandeira da Palestina no centro da Praça de Serviços. Região central da universidade.
Foram colocadas diversas bandeiras da Palestina, junto com cartazes com consignas como “Sionismo Mata! “Palestina Livre Já” e “Palestina é Nosso País, Juntos Venceremos! ”. Os manifestantes entregaram centenas de panfletos, comunicando à comunidade acadêmica, que se solidarizou e assinou o abaixo assinado pelo rompimento das relações de Brasil e Israel.
Ao final, foram entoadas palavras de ordem após as intervenções dos movimentos populares, denunciando que a UFMG ainda mantém relações com as universidades sionistas de Israel, mesmo passado mais de ano da incursão genocida contra o povo palestino.