MG: Audiência pública rechaça perseguição sionista

Evento ocorrido em Minas Gerais denunciou o sionismo e defendeu a solidariedade internacional ativa à Causa Palestina. Dias após, o governador do estado assinou um novo acordo com o sionismo.

MG: Audiência pública rechaça perseguição sionista

Evento ocorrido em Minas Gerais denunciou o sionismo e defendeu a solidariedade internacional ativa à Causa Palestina. Dias após, o governador do estado assinou um novo acordo com o sionismo.
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No dia 04 de julho, o Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino junto a deputados realizou Audiência Pública que tratou do genocidio contra o povo palestino e rechaçou a perseguição jurídica de entidades sionistas. A audiência ocorreu na Assembleia Legislativo de Minas Gerais e contou com a presença de conhecidos democratas e defensores da Palestina. Estiveram presentes na audiência Ahmad Shehada (presidente do Instituto Brasil-Palestina), o jornalista Breno Altman, Tania Abdallah (cidadã de Gaza e moradora de Belo Horizonte), a Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia, entre outros ativistas da causa palestina.

As cerca de 100 pessoas que participaram da audiência entoaram palavras de ordem como Do rio ao mar, Palestina triunfará!, Palestina resiste, Palestina triunfará! e Viva a palestina, abaixo o sionismo, demarcando forte posição em defesa da palestina.

O rechaço ao ataque sionista é emblemático

A Audiência se deu em resposta a uma denúncia realizada no Ministério Público contra o Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino. Na denúncia a Federação Israelita de Minas Gerais acusa o comitê de antissemitismo e racismo, além de caracterizar a frase “Palestina Livre do Rio ao Mar” como slogan “terrorista”. Em resposta o Comitê Mineiro se posicionou colocando que: “Como se constata, existe uma política colonial de ocupação da Palestina que já dura várias décadas, […] assim como os massacres desproporcionais utilizados pelo atacante, que é infinitamente maior e superior aos dos habitantes locais palestinos. Constata-se, inclusive […] a promoção de um apartheid social sistêmico, com prisões arbitrárias e descumprimento de diversas resoluções da ONU, inclusive aquelas relativas aos Direitos Humanos”.

A oragnização destaca ainda que “um povo colonizado tem o direito à Resistência. Durante anos de subjugação, autoritarismo e violência do Estado contra a população civil e não há como equiparar as demandas democráticas de um povo colonizado com uma entidade colonizadora que faz da violência sistemática a única forma de convivência com a população palestina. Portanto, a acusação de antisemitismo contra o “Comitê Mineiro”  é completamente infundada. As pessoas que fazem parte do Comitê reivindicam historicamente a luta da Resistência contra o Nazismo, seus pogroms. Assim como reivindica a luta de todos os povos oprimidos e colonizados”.

O jornalista Breno Altman destacou em sua fala na audiência que esse tipo de argumentação da Federação Israelita é a aplicação de uma tática das entidades sionistas chamada Slapp (strategic lawsuit against public participation, em tradução literal, ação judicial estratégica contra participação pública). O jornalista destaca que se trata de uma estratégia amplamente utilizada pelo sionismo no mundo e é uma maneira de fazer assédio judicial contra todos que se posicionam em defesa da Palestina.

Zema assina acordo com Israel

Poucos dias após a realização da Audiência Pública, o governador reacionário de Minas Gerais, Romeu Zema assinou um acordo de cooperação com o Estado sionista de Israel, com a justificativa de combater o “antissemitismo e prevenir atividades relacionadas a preconceitos, discriminação”. Zema é o quarto governador a assinar esse acordo de cooperação e financiamento do Estado sionista.

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