No dia 18 de novembro, foi realizado na Vila Bandeira Vermelha, em Betim, Minas Gerais, uma celebração pelo Dia do Povo Preto. O evento foi realizado pelo Movimento das Comunidades Populares (MCP) e contou com a participação de dezenas de pessoas das ocupações Paulo Camilo, Zilah Sposito e Gameleira, que ficam em Belo Horizonte, moradores da vila e movimentos e entidades como LPM, Movimento Feminino Popular (MFP), Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação (Moclate), Unidade Vermelha, Liga Operária, Marreta, Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe) e Sind-Ute Subsede Vespasiano.
A celebração foi iniciada com o hino do MCP e a Internacional. A memória de heróis do povo brasileiro foram resgatadas, como do grande Zumbi dos Palmares, dos operários Elder e Erionildes (assassinados pela polícia militar na luta pela moradia na Vila Bandeira Vermelha) e do militante comunista Sesnando Brito.
As intervenções dos participantes destacaram que a data deve ser marcada pela luta de classe, pois o povo preto pertence a classe mais explorada no capitalismo. As falas afirmaram que somente a libertação da classe será capaz de resolver os problemas hoje enfrentados pelo povo preto, como o racismo e o seu genocídio.
A vibrante celebração foi encerrada com um delicioso almoço coletivo, que teve como prato principal uma feijoada, prato cuja origem remete a história do povo preto no Brasil.