MG: Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino realiza primeiro Cine-Debate

Foto: Correspondente local.

MG: Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino realiza primeiro Cine-Debate

No último sábado (22/3), o Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino (CMSPP) realizou um cine-debate, o primeiro de uma proposta mensal. O filme escolhido, em homenagem ao mês da mulher, foi “3000 Noites”. O longa, primeiro filme ficcional da diretora Mai Masri, conta a história de Layal, uma professora palestina que é presa nos anos 80 pelo Estado sionista de Israel, acusada de terrorismo. Dentro da prisão, Layal passa a se envolver na luta de seu povo. O filme retrata a força e “sumud” (firmeza inabalável e perseverança constante) da mulher palestina que, assim como a protagonista, mesmo sob a ameaça de perder seu filho, decide lutar por seu povo.

Após a exibição do filme, a jornalista palestino-brasileira Soraya Misleh – convidada pelo CMSPP para fazer uma fala sobre a luta das mulheres palestinas desde o final do século 19 – trouxe uma rica exposição da luta do povo palestino, o protagonismo das mulheres palestinas na luta pela libertação da Palestina e dados sobre as prisões israelenses. Soraya ressaltou que a luta das mulheres por seus direitos está diretamente ligada à luta de classes e que nenhuma mulher será livre sem o fim da colonização. Ela destacou que as mulheres palestinas sempre estiveram na linha de frente na luta pela libertação nacional e, assim como o restante do povo palestino, elas lutam com “sumud” – assim como a protagonista do filme dentro da prisão. 

Soraya reafirmou em sua fala o direito do povo palestino à resistência por ser um povo sob colonização. Além disso, apontou que as armas que matam o povo palestino são as mesmas que matam o povo preto e pobre no Brasil e demarcou a importância da luta anti-imperialista e a necessidade do rompimento de relações com o Estado sionista de Israel.

Após a fala de Soraya Misleh, foi feita uma sessão de perguntas a ela. Em seguida, ocorreu o debate sobre o filme. Uma palestino-brasileira presente ressaltou que as masmorras israelenses atualmente são muito piores que as retratadas no filme.

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