MG: Em meio ao aumento da fome, povo recolhe frango de caminhão tombado

MG: Em meio ao aumento da fome, povo recolhe frango de caminhão tombado

Devido a alta nos preços de alimentos, povo compete entre si para conseguir pedaços de frango que caíram de caminhão. Foto: Reprodução

Cenas registradas na tarde do dia 19 de agosto, em Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, retratam a condição de fome a qual o povo brasileiro está sendo submetido. Dezenas de pessoas buscavam pegar o máximo de pacotes de frango que pudessem logo após um caminhão tombar e despejar no chão toda a carga de alimentos que levava. O acidente, seguido do recolhimento de alimentos, ocorreu no bairro Tupi B, região norte da capital mineira.

Os frangos congelados ficaram espalhados pela pista após o acidente. Segundo testemunhas, o caminhão estava desgovernado e só parou quando bateu em um poste. Três pessoas ficaram feridas e foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros. Um vídeo filmado no local mostra que após o resgate ter sido feito, dezenas de pessoas se apressaram em recolher os pacotes de frango.

Pacotes de frango ficaram espalhados pelo chão após acidente em Belo Horizonte, estado de Minas Gerais. Foto: Reprodução

A fome do povo

Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) o frango teve aumento de 23% em relação a um ano antes na cidade de Belo Horizonte.Portanto, as cenas de mais esse episódio escancaram a situação de penúria que enfrenta os trabalhadores brasileiros. Com os preços dos alimentos cada vez mais caros, milhões de famílias estão enfrentando enorme dificuldade para poderem se alimentar.

Segundo uma pesquisa recente feita pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), 116,8 brasileiros estão em situação de déficit alimentar.

As proteínas de origem animal foram os alimentos que mais aumentaram nos últimos anos. E a tendência é que as altas continuem, de acordo com o estudo feito pela Consultoria LCA, alimentos como carne bovina, frango, carne de porco e ovo, terão aumento médio de 10% em 2021. As maiores altas serão respectivamente carne bovina (17,6%), carne de porco (15,1%), frango (11,8%) e ovo (7,6%).

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