No dia 12 de dezembro, na última quinta-feira, estudantes de Geografia, Geologia e Turismo acamparam em frente ao Instituto de Ciências de Geociências da UFMG, em protesto contra o descaso da diretoria e reitoria frente ao transporte para os estudos de campo.
Os estudantes, junto de um professor de Geomorfologia, denunciaram o caso que aconteceu no dia 11, em que, na ocasião, com a equipe do Parque Nacional do Peruaçu mobilizada para recepção, o ônibus para a viagem quebrou. Reconhecendo a importância da viagem, o professor arcou com a responsabilidade, com fundos próprios, para realizar a viagem.
Entretanto, o novo ônibus também apresentou problemas, não dando tempo hábil para a viagem. Segundo o Diretório Acadêmico do IGC, no instragram: “[…] Sabemos que esse não é um caso isolado, os cursos do Instituto de Geociências e de outras unidades, como o Instituto de Ciências Biológicas, vêm enfrentando diversos problemas em relação aos trabalhos de campo, como falta de ônibus, problemas com os ônibus disponíveis, falta de calendário, dentre outros.”
Assim, os estudantes se mobilizaram e deliberaram ações combativas contra os ataques ao direito de estudar e aprender, reconhecendo que a falta de infraestrutura gradativa não é um fato isolado. Há relatos que remontam, como exemplo, os ônibus quebrados em outros estados que, inviabilizados pela burocracia universitária, tiveram demora para serem consertados.
Durante toda a semana, em assembleias e debates, foi definido o dia 17/12, com diversos estudantes de diferentes cursos, um contundente ato no prédio da reitoria, exigindo resposta da reitoria durante a reunião do Conselho Universitário da UFMG, entoando palavras de ordem denunciando a precarização contra os estudos de campo dos estudantes.
Ao final, foram definidos os próximos passos para a luta, como um calendário de lutas para defender o direito dos estudantes de Geociências.