Na manhã da última segunda-feira (2 de setembro), mais um episódio de negligência e descaso com o transporte público em Belo Horizonte escancarou a verdadeira situação dos ônibus geridos pelo Consórcio D. Pedro II. Um veículo da linha 9550 (Casa Branca/São Francisco), via Cristiano Machado, pegou fogo e foi reduzido a uma carcaça na Rua Porto Seguro, no bairro São Francisco, na Região da Pampulha. O incidente, causado pelo rompimento de uma mangueira de combustível, expõe o abandono da manutenção preventiva e a completa insegurança em que os passageiros são obrigados a viajar.
O Consórcio D. Pedro II, que é sustentado por subsídios milionários pagos pela Prefeitura de Belo Horizonte, continua operando com ônibus sucateados e sem o mínimo cuidado com a segurança. Somente em 2023, a Prefeitura, com o apoio da Câmara Municipal, injetou impressionantes R$512 milhões nas empresas de transporte da cidade, o que equivale a mais de meio bilhão de reais em dinheiro público despejado diretamente nos cofres dos grandes empresários do monopólio de transportes.
Apesar dos subsídios vultuosos, as empresas continuam oferecendo um serviço lamentável: ônibus sem ar-condicionado, frequentes atrasos e veículos quebrados que colocam em risco a vida de motoristas e passageiros.
