O Marreta realizou uma massiva celebração do Dia do Trabalhador da Construção Civil. Antes de iniciar a celebração, foi passada a palavra a um representante do Sinduscon, que saudou os trabalhadores. Na ocasião, o presidente do sindicato Marreta cobrou melhorias nas condições de trabalho e o reconhecimento da data como feriado.
A celebração ocorreu no dia 03/08, na sede do sindicato Marreta, no bairro Lagoinha, com cerca de 170 trabalhadores e seus familiares. O evento começou com os presentes cantando “A Internacional” e a exibição de um filme comemorativo aos 45 anos da grande greve de 1979 na capital mineira. Logo após a exibição, teve início a plenária, com a fala do presidente do sindicato, Afonso José, segundo ele a presença dos operários e a necessidade de combater o oportunismo da falsa esquerda pelega e desmobilizadora. Também saudou os grandes levantes operario de 79. Além disso, ressaltou a importância da participação dos trabalhadores no sindicato para que a classe se fortaleça cada vez mais e destacou que desde já a categoria deve se preparar para uma grande jornada de lutas.
Compuseram a mesa: Liga dos Camponeses Pobres (LCP), Associação Brasileira dos Advogados do Povo Gabriel Pimenta (ABRAPO), Movimento Todos pelo Tito, Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino, Executiva Mineira de Estudantes de Pedagogia (EXMEPe),Sindicato unico dos Trabalhadores em educaçao (Sind-UTE sub-sede Vespasiano e São José da Lapa), Liga Operária, Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia BH, Sindicato dos Farmaceuticos de Minas Gerais (SINFARMIG), além de pesquisadores da Arquitetura da UFMG.
Todas as entidades presentes saudaram a gloriosa greve de 1979 e a heroica resistência palestina, que, mesmo com as diversas tentativas de desarticulá-la, resiste bravamente aos ataques sionistas. Ressaltaram também a necessidade de tomarmos essa brava resistência como exemplo da luta contra o imperialismo e o sionismo em nosso país.
A história é eterna
Durante a atividade, operários fizeram uso da fala para relembrar os 45 anos da greve que “agitou a cidade de Belo Horizonte em 79”. Também destacaram o ataque covarde da polícia que assassinou o companheiro Orocílio em 30/07/1979 afirmando que o crime contra Orocílio e a histórica greve “estão marcados na história da luta de classes do nosso país”.
Segundo boletins do sindicato, o derramamento do sangue do Orocílio incendiou ainda mais a fúria da massa operária, que não pôde ser contida. Em resposta, a greve se espalhou por toda a região metropolitana, deixando a cidade em estado de sítio por 5 dias. A greve se encerrou em 03/08/1979.
A escola popular Orocilio martins retornará suas atividades em breve e pesquisadores da Arquitetura da UFM irão dar aulas de leitura de projetos. Segundo os estudantes, a iniciativa do Marreta de auxiliar na profissionalização dos trabalhadores da construção civil é essencial para o desenvolvimento do conhecimento dos operários. Eles também saudaram a iniciativa do Marreta de auxiliar na profissionalização dos trabalhadores da construção civil.
O comitê de apoio ao AND esteve presente realizando uma banquinha, com apoio à imprensa popular e democrática, vendendo diversos jornais impressos e livros.
O Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino também realizou uma banquinha com folhetos, adesivos e o abaixo-assinado para que o governo brasileiro rompa as relações com Israel.
O final da plenária contou com muita música popular brasileira, um delicioso almoço e um grande sorteio para os operários e seus familiares, o que só foi possível graças aos colaboradores e apoiadores do evento.