MG: Metroviários mantém greve que já dura três semanas com 100% de paralisação

Os metroviários de Belo Horizonte (MG) completaram, na semana do dia 27 de fevereiro, sua terceira semana em greve por tempo indefinido e com paralisação total dos serviços.
Metroviários aprovam o início da greve em 14/02. Foto: SindiMetro
Metroviários aprovam o início da greve em 14/02. Foto: SindiMetro
Metroviários aprovam o início da greve em 14/02. Foto: SindiMetro

MG: Metroviários mantém greve que já dura três semanas com 100% de paralisação

Os metroviários de Belo Horizonte (MG) completaram, na semana do dia 27 de fevereiro, sua terceira semana em greve por tempo indefinido e com paralisação total dos serviços.

Os metroviários de Belo Horizonte (MG) completaram, na semana do dia 27 de fevereiro, sua terceira semana em greve por tempo indefinido e com paralisação total dos serviços. Os operários exigem a reversão da privatização dos serviços metroviários da cidade, realizada em dezembro passado, e rechaçam a possibilidade de demissão de 1,6 mil trabalhadores após o início das operações sob a empresa privada. 

Além da exigência de compromisso por escrito de que as demissões dos 1,6 mil trabalhadores não ocorrerão, os trabalhadores em greve também denunciam mais um compromisso do governo Lula/Alckimin (federal) e Romeu Zema (estadual) de alimentar com dinheiro público os monopólios privados do setor, assim como fazem com as empresas do transporte rodoviário. Em troca destes acordos, a população sofre com péssimos serviços e os trabalhadores com a exploração máxima.

Os metroviários em luta denunciam, também, a venda a “ preço de banana” de 35 composições, 19 estações, quatro subestações de energia, 29 quilômetros de leito ferroviário e edificações ao longo do trecho. Eles apontam que a tendência após a privatização é que os serviços sejam ainda mais sucateados e que o valor das passagens aumentem.

Esta é a quarta greve realizada em 12 meses pelos trabalhadores, após a declaração de intenção de privatização dos serviços. A primeira greve ocorreu em 1° de março passado, e durou 42 dias.

Os operários têm permanecido em greve desde o dia 14/02 apesar de diversas ameaças do judiciário reacionário e sabotagens das mobilizações pela Companhia de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG). A “Justiça” do trabalho acatou a um pedido da CBTU-MG de bloqueio judicial imediato no valor de R$ 250 mil das contas bancárias do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (SindiMetro), assim como aplicou uma multa milionária que cresce a cada dia.

Leia também: MG: Contra privatização e demissões, metroviários desatam greve em Belo Horizonte

A demagogia do governo eleito

O novo governo eleito de Lula/Alckmin tem feito demagogias sobre a privatização do metrô de BH desde antes de assumir de fato a presidência. Em dezembro, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) voltou atrás rapidamente em um ofício enviado para o então ministro da economia Paulo Guedes, que pedia que o processo de privatização fosse interrompido.

Já o SindiMetro, afirma que o novo governo “se comprometeu com os metroviários de barrar a privatização da CBTU, mas até agora não temos nada de concreto”.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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