No dia 8 de março, dezenas de mulheres realizaram um protesto bloqueando a BR-116, Rio-Bahia, no trevo conhecido como ‘Quilômetro Seis’, em Governador Valadares, leste do estado de Minas Gerais. As camponesas, em sua maioria do Assentamento Oziel Alves Pereira, exigiam a abertura imediata do Hospital Regional de Governador Valadares.

Em meio ao protesto, as mulheres denunciaram que as mortes pelo Covid-19 são frutos do descaso do governo e exigiam o retorno do auxílio emergencial e vacina para todo o povo.

De acordo com as denúncias, a construção do Hospital Regional está há anos abandonada e os equipamentos se deteriorando, mesmo com 80% da obra concluída. Em abril de 2020, o reacionário governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou a continuação da obra. Para isso, um recurso de R$ 78 milhões seria empregado. Porém, a continuação da obra não passou de promessas.

A responsável por entregar o hospital seria a Fundação Renova, criada em março de 2016 pela Vale/BHP Billiton/Samarco após crime conhecido como o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015.

Segundo denúncia já repercutida pelo AND, as famílias atingidas pelo rompimento da barragem afirmam que a fundação criada tem o real objetivo de atender os interesses das mineradoras e frear a organização independente das famílias que buscavam por justiça.

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A situação da região é de urgência, os leitos da cidade estão praticamente lotados e as condições do Hospital Municipal que atende a região, são precárias.

Mulheres camponesas bloqueiam BR exigindo abertura imediata de Hospital Regional, em Governador Valadares. Foto: Geanini Hackbardt/MST