Na tarde de terça-feira, 04/06, os professores da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) de várias unidades acadêmicas da capital e do interior se encontraram em uma reunião geral, no auditório da Escola Guignard, em Belo Horizonte. O dia foi marcado por uma grande mobilização da categoria, que teve início de manhã com a participação em uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e com as votações iniciais das emendas ao PL 2.309/24, que realizaria o reajuste.
A assembleia dos docentes se iniciou no começo da tarde com a apresentação dos relatórios sobre a mobilização e a greve na semana anterior, bem como o andamento da situação na ALMG. Os professores reunidos debateram os informes e, logo em seguida, por votação unânime, decidiram pela continuidade da greve por tempo indeterminado.
Também foi aprovada uma manifestação de apoio às greves dos trabalhadores da Gerdau e dos professores e funcionários das instituições federais de ensino superior, organizados no ANDES-SN, SINASEFE e FASUBRA. Por fim, foi aprovado o cronograma de atividades para a próxima semana, com ênfase na participação da categoria na pressão aos deputados na quarta e quinta-feira pela aprovação das emendas.
Os professores da UEMG reivindicam o reajuste salarial e recebem um dos menores salários entre os professores universitários. Um professor de nível doutor segundo o último edital de contratação de professores de abril deste ano, receberia apenas R$4.381 de salário base. O governo do estado ofereceu uma nova proposta de reajuste de 4,62%, o equivalente a R$202,40 (valor calculado sobre o salário-base). Para os professores o reajuste oferecido não chega a metade da porcentagem exigida pelos docentes que é de 10,67%, o equivalente a R$467 (valor calculado sobre o salário-base).
