MG: Relato de apoiadores de Brumadinho

MG: Relato de apoiadores de Brumadinho

Publicamos relato enviado pelo Comitê de Apoio ao AND de Belo Horizonte e Região Metropolitana sobre Brumadinho, após o crime de rompimento da barragem do Feijão, da Vale.


No dia 01/02, o Comitê de Apoio ao jornal A Nova Democracia de Belo Horizonte em uma delegação conjunta com ativistas do sindicato Marreta foi em Brumadinho se solidarizar e dar voz aos moradores da área atingida pelo criminoso rompimento da barragem da Vale no Córrego do Feijão.

Com uma boa receptividade dos moradores da região, o comitê divulgou o AND distribuindo cortesias da edição nº 218 que denunciava os três anos de impunidade da Samarco/Vale/BHP em Mariana junto ao Boletim do Marreta, que denunciava o novo crime cometido pelas mineradoras.

O comitê também colheu alguns relatos dos moradores da região, como o de um morador chamado Júlio César que nos disse que “isso aí já foi um acidente programado, desde o dia 13 de abril do ano passado isso aí já foi alertado”, referindo-se ao rompimento da barragem. “O alarme era manual, era com uma pessoa que tinha que apertar, esse aí foi o primeiro a ir embora e ela [a Vale] não manifestou nada sobre isso. O alarme que ela colocou no Feijão simplesmente foi paliativo, a Vale não preocupou muito com isso.”.

Uma moradora que preferiu não se identificar nos disse que a três meses a Vale fez uma simulação com os moradores e que todos que foram ao local indicado pela Vale, no momento do acidente, morreram soterrados pela lama. Ela também denunciou que a Vale está tentando retirar os moradores de suas casas supostamente por ainda existir risco e levá-los para um abrigo sem qualquer garantia de que poderão voltar às suas moradias. Vários moradores, assim como ela, resistem.

Vendo os vários relatos dos moradores da região, o nosso comitê vê ainda mais a necessidade da nacionalização das riquezas e grandes empresas nacionais de uma forma que elas realmente sirvam ao povo e não a um punhado de imperialistas, coisa que só será conquistada através de uma Revolução Democrática, Agrária e Anti-imperialista.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: