Com informações do MST.org
Camponeses ocuparam duas áreas abandonadas pertencentes ao estado do Rio Grande do Sul na manhã de 19 de janeiro para reivindicar a realização da “reforma agrária” no estado. Os camponeses, vinculados ao MST, cobram do gerenciamento estadual de José Ivo Sartori a cessão das áreas ocupadas ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Cerca de 200 camponeses ocuparam uma área, com mais de 200 hectares, que pertence Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), no município de Candiota. Já no município de Encruzilhado do Sul, cerca de 250 camponeses ocuparam uma área de 350 hectares pertencente Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro)
Ainda no mesmo dia, a Vara Judicial de Encruzilhada do Sul deferiu a liminar de reintegração de posse contra a ocupação da área da Fepagro solicitada pela Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul (PGE-RS).
“Nós queremos que a terra cumpra a sua função social, que ela possa nos alimentar e alimentar a quem está na cidade”, afirmou a camponesa Eliane Saionara de Azevedo.
Minas Gerais
Cerca de 100 famílias do Acampamento Gabriel Pimenta ocuparam a fazenda da Serra no município de Antônio Carlos, Minas Gerais, na manhã de 13 de janeiro. Os camponeses resolveram ocupar este latifúndio após serem despejados dias antes de fazenda situada no município de Coronel Pacheco.
O latifúndio de mais de quatro mil hectares ocupado pelos camponeses está registrado em nome da Companhia Têxtil Ferreira Guimarães, antiga Companhia Industrial Valença, que em 2013 encerrou as suas atividades.
A Companhia Têxtil Ferreira Guimarães ocupa a posição 313 entre as 500 empresas com maior dívida com a Previdência Social, além de acumular um conjunto de processos judiciais.
Santa Catarina
Cerca de 80 famílias do Acampamento Iratam Rodrigues ocuparam a antiga fazenda Agroceres no município de Fraiburgo, região central de Santa Catarina, na manhã de 8 de janeiro. Os camponeses exigem que as terras ocupadas sejam destinadas à “reforma agrária”.
“A área de 600 hectares havia sido empenhada no antigo Banco do Estado de Santa Catarina (BESC) há mais de 18 anos. Apesar de ser arrendada, existem dívidas altíssimas relacionadas ao terreno até os dias de hoje”, frisou nota do MST.