MG: Trabalhadores da saúde conquistam vitória após dois dias de greve

Trabalhadores decidiram manter mobilização até conquistar todas as pautas da greve
Trabalhadores da Fhemig conquistam vitória após dois dias de greve. Foto: Valéria Marques/Hoje em Dia

MG: Trabalhadores da saúde conquistam vitória após dois dias de greve

Trabalhadores decidiram manter mobilização até conquistar todas as pautas da greve

Trabalhadores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Femigh), que administra 21 hospitais estaduais e casas de saúde no estado, reconquistaram o direito das mães com filhos especiais de cumprir horário especial durante o trabalho após dois dias de greve. O direito havia sido arrancado pela resolução 68/2022, revogada no dia 7 de junho. Os servidores afirmaram no mesmo dia que continuarão em greve até conquistar também a revogação da resolução responsável por aumentar a carga horária dos plantonistas sem nenhum aumento salarial e piorar o serviço público de saúde aos pacientes. 

De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da rede Fhemig (Sindpros), Carlos Augusto dos Passos Martins, a vitória foi positiva, mas não resolve o problema principal: a imposição de aumento da carga horária dos servidores sem aumento salarial. “Queremos a revogação da outra resolução, por isso, a greve continua”, afirmou. A greve dos trabalhadores da saúde de Minas Gerais foi deflagrada em uma assembleia no dia 05/06 e mobilizou setores como enfermeiros, assistentes sociais, funcionários administrativos, trabalhadores de laboratório, radiologistas, fisioterapeutas e psicólogos.

Os trabalhadores denunciam que a resolução aumenta a carga horária dos plantonistas sem nenhuma compensação, além de inserir mais um plantão a cada mês. A medida piora inclusive o atendimento a usuários, ao substituir serviços que eram contínuos (24 horas por dia, 7 dias por semana), por serviços somente de plantão, de forma que aumenta a carga horária dos plantonistas e diminui o número de atendimentos. Uma nota do Sindpros denunciou ainda a perda do horário de descanso, horário de almoço e folgas legais. É um nítido exemplo de como o velho Estado busca, em meio à crise, cortar o máximo de gastos a partir do sucateamento de serviços essenciais ao povo e aumento da exploração dos trabalhadores. 

Devido a resolução, os pacientes de oncologia do Hospital Alberto Cavalcanti, por exemplo, vão sofrer com a diminuição de 72h de atendimento ambulatorial e a interrupção de 162 atendimentos por semana, incluindo quimioterapia, primeira consulta oncológica, atendimentos cirúrgicos e diagnósticos. 

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