Combativa manifestação de professores bloqueia MG-010
A manhã dessa quinta-feira, 22 de março, iniciou-se com labaredas de fogo que cortaram a via MG-010, no sentido aeroporto de Confins, em frente à Cidade Administrativa, no bairro Serra Verde – sede oficial do gerente estadual Fernando Pimentel (PT). Junto à barricada, os manifestantes ergueram uma faixa com a consigna: Pimentel, seu traidor, cumprir a lei não é nenhum favor!
O bloqueio da avenida fez parte dos protestos promovidos pelos trabalhadores em educação da rede estadual de Minas Gerais que exigem o pagamento dos salários atrasados, além do cumprimento dos acordos estabelecidos com a gerenciamento estadual de Pimentel/PT.
Também durante a manhã de 22/03, uma massiva manifestação reuniu milhares de professores que tomaram a Praça da Liberdade, no centro de Belo Horizonte. Profissionais da área de ensino vindo de municípios do interior do estado se incorporaram a manifestação, que ocorreu em frente a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALEMG).
Assembleia dos trabalhadores da educação em Belo Horizonte
Os trabalhadores da educação da rede estadual, em greve desde o dia 8 de março, reivindicam o pagamento dos salários atrasados, o fim do parcelamento dos salários e do 13º, o pagamento do piso nacional dos professores – conforme acordo estabelecido em 2015 entre Pimentel e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE) – o cumprimento dos demais acordos assinados entre os profissionais da educação e o gerenciamento estadual, além do atendimento de qualidade pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG).
A radicalização da greve tem sido defendida por muitos trabalhadores, que apontam a necessidade de fortalecer os comandos de greve e assim obrigar o gerente estadual a cumprir os acordos com os profissionais da educação.
Os trabalhadores aprovaram a realização da próxima Assembleia Geral da categoria para o dia 04 de abril e determinaram que até a referida data sejam realizadas mobilizações localizadas em cada município e regiões, organizadas pelo Comando de Greve.
A situação de precarização da educação em que se encontram os servidores da educação de Minas Gerais não se restringe ao estado, por todo o país têm eclodido mobilizações da categoria em defesa da educação e por reajuste salarial. Além de Minas Gerias, trabalhadores da educação dos estados de São Paulo, Amazonas e Goiás já declararam greve ao longo do mês de março.
Para mais informações sobre as lutas classistas dos trabalhadores da educação, acompanhe a próxima edição de AND (nº 207) que chegará às bancas e Comitês de Apoio de todo país na próxima semana.
Professores erguem faixa e barricada em bloqueio da MG-010