Milhares de bolivianos vão às ruas de São Paulo contra golpe de Estado em seu país

Milhares de bolivianos vão às ruas de São Paulo contra golpe de Estado em seu país

Fotos: Reprodução/Redes sociais

Milhares de pessoas se reuniram na avenida Paulista, em São Paulo, no dia 17 de novembro, em protesto contra o golpe de Estado militar na Bolívia – recém-perpetrado pelo conluio da direita e extrema-direita bolivianas, do Exército reacionário e do imperialismo ianque – que culminou com a renúncia do até então presidente Evo Morales.

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Os manifestantes, em sua maioria migrantes bolivianos, responsabilizaram o Exército e a polícia pela perseguição e assassinatos que vêm acontecendo no país. Apesar de predominarem ilusões pacifistas ao redor da figura de Evo Morales e seus pedidos de paz e negociação, em diversos momentos da manifestação os manifestantes entoaram palavras de ordem como Mesa, Camacho, queremos tua cabeça!, em referência à liderança de direita Carlos Mesa e do líder de extrema-direita Luis Fernando Camacho, que insuflaram o golpe de Estado. Em outro momento, os manifestantes cantaram Bomba, metralha, o povo não se cala!

Por fim, entoaram canções tradicionais aymaras e quechuas, importantes nações indígenas dos Andes, relembrando as lutas em resistência ao colonialismo espanhol. Dentre essas canções, Bertolina Nissa, que conta a história de uma guerreira aymara que, junto ao seu companheiro Tupal Katari, somou-se ao Exército de Tupac Amaru contra os invasores; além de Ama Sua, Ama Lulla, Ama Qhella, que relembra e exalta a cultura quechua, ressaltando: “que mil anos se passem, e não se perca no esquecimento, nosso falar quechua fique cada vez mais claro: não seja ladrão, não seja frouxo, não seja mentiroso”.

Estima-se que atualmente há aproximadamente 100 mil bolivianos vivendo na cidade de São Paulo, sendo que a imensa maioria é composta por proletários e semiproletários.

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