Contra projeto de destruição da educação empreendido por Bolsonaro, estudantes realizaram no dia 9 de maio a Marcha pela Ciência contra os cortes na verba da Educação. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Natal, entre outros estados, manifestações reagiram aos cortes e perseguições na área.
Os estudantes de São Paulo se concentraram em frente ao Masp, de onde seguiram em passeata até o escritório da Presidência da República. Na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, o ato foi realizado no Campus I da instituição. Professores e técnicos, além de integrantes da comunidade interna e externa de universidades e institutos federais também participaram do protesto.
“Nossas universidades movimentam a economia da cidade e da região, através de projetos voltados à tecnologia, aos direitos humanos e outros projetos sociais desenvolvidos a partir dos estudantes”, protestou o estudante de filosofia da UFCG, Christian Medeiros.
Em Curitiba, o protesto começou por volta das 18 horas e durou até por volta das 21 horas, na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Já em Niterói, mais de 5 mil participantes do ato “Eu defendo a UFF” se reuniram no campus Gragoatá.
A princípio, Bolsonaro afirmou que cortaria recursos de universidades que “não tiverem bom desempenho acadêmico e promoverem balbúrdia”, referindo-se com isso a eventos que discutam pautas de movimentos populares e dos direitos do povo. Posteriormente, após o rechaço da opinião pública – pois a medida do governo atenta claramente contra a liberdade de expressão tão caras ao meio acadêmico –, o Ministério da Educação (MEC) divulgou que o corte se estenderia “a todas as instituições federais”, tentando borrar o caráter político da medida.
A redução de 30% equivale a R$ 2 bilhões a menos para as universidades. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também anunciou o fim da concessão de bolsas de mestrado e doutorado que já estavam com as verbas liberadas: R$ 819 milhões foram congelados e R$ 99,9 milhões do ensino técnico e profissional. E isso tudo ainda sem somar o remanejamento de verbas, que tira R$ 1,6 bi do MEC.
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