Reproduzimos uma matéria do portal Palestine Chronicle
O ministro israelense da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e os ministros de seu partido de extrema direita, o Poder Judaico, renunciaram ao governo no domingo, expressando forte oposição ao acordo de cessar-fogo com o Hamas em Gaza.
A trégua, intermediada por mediadores internacionais, deveria entrar em vigor às 8h30, horário da Palestina, marcando o início de um acordo em fases que abrange três etapas, cada uma com duração de 42 dias.
Israel, no entanto, já violou o acordo, realizando ataques aéreos na Faixa de Gaza e matando pelo menos 10 palestinos.
Ben-Gvir já havia votado contra o acordo durante uma reunião do gabinete na sexta-feira, quando alertou sobre sua possível renúncia.
Em uma declaração em vídeo, ele descreveu ter se sentido “aterrorizado” após conhecer os detalhes do acordo, que inclui a libertação de prisioneiros palestinos que cumprem penas de prisão perpétua em Jerusalém e na Cisjordânia.
Ele conclamou os ministros dos partidos Likud e Sionismo Religioso a rejeitarem o acordo e, segundo consta, tentou persuadir o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, a renunciar junto com ele.
Embora Smotrich tenha se oposto ao acordo nas votações do governo, ele acabou optando por permanecer em seu cargo.
O acordo entre o Hamas e Israel tem como objetivo pôr fim ao genocídio de Israel em Gaza e iniciar a troca de prisioneiros.
No entanto, o acordo provocou uma divergência significativa entre as facções políticas de extrema direita de Israel, refletindo as profundas divisões sobre o cessar-fogo e suas implicações mais amplas.