Reproduzimos nota enviada à Redação de AND no dia 5 de abril pelo MOCLATE – Rondônia.
NOTA DE SOLIDARIEDADE AOS POVOS INDÍGENAS DE RONDÔNIA, SUL DO AMAZONAS E NOROESTE DO MATO GROSSO
O Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação – MOCLATE saúda o esforço dos diversos povos indígenas de Rondônia, Sul do Amazonas e Noroeste do Mato Grosso que têm se mobilizado em defesa de seus direitos diante de um governo vende-pátria e criminoso que age para atender os interesses das potências imperialistas no saque das riquezas do nosso país.
Sob a ideologia e discursos integracionistas – marca do gerenciamento militar (1964-1985) que exterminou cerca de 8 mil indígenas naquele período – ataca os direitos dos povos indígenas ao editar a MP 870, que desmontou a FUNAI, transferindo-a do Ministério da Justiça para o recém-criado Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandado por Damares Alves, velha conhecida por difamar os povos indígenas e atentar contra as culturas tradicionais.
Jair Bolsonaro e seus asseclas também retiraram as atribuições de demarcação de terras indígenas e licenciamento ambiental nas Terras indígenas da FUNAI e entregou para a Secretaria de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, dirigida pelos latifundiários ladrões de terras. Estas medidas são parte de um amplo projeto de extermínio sistemático orquestrado por aqueles que têm verdadeiro ódio dos povos indígenas e outras populações tradicionais, como quilombolas, ribeirinhos, posseiros e camponeses sem-terra. Os ataques aos direitos do povo não se restringem só à população indígena e que vive no campo, mas também aos pobres das cidades, que também são reprimidos pelo aparato repressivo estatal (PM, Força Nacional e Exército) nas periferias das cidades e grandes centros urbanos como o Rio de Janeiro.
Por fim, além de expulsar os indígenas das suas terras, de impor um modelo “integracionista” que desrespeita a cultura, o vende-pátria Bolsonaro, através do Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, quer acabar com a saúde indígena, através da municipalização, desmontando a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), que é uma conquista histórica e fruto de muita luta.
Conclamamos a todas as organizações populares e classistas a se somar na luta dos povos indígenas e na construção de um amplo movimento que unifique os trabalhadores do campo e da cidade, se unificando em torno de uma Greve Geral de Resistência Nacional, que rechace qualquer manobra de negociar a perda de direitos dos trabalhadores e em defesa dos direitos já suprimidos e dos demais ameaçados. Só com luta unificada e nas ruas conquistaremos vitórias!
Porto Velho/RO, 04 de abril de 2019.
Viva a resistência indígena e popular!
Viva a luta combativa, independente e classista! Fascistas, Não Passarão!
Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação – Rondônia