Em Betim, manifestantes protestam em repudio aos dois anos de impunidade no crime cometido pela mineradora Vale em Brumadinho. Foto: Reprodução.
No dia em que o rompimento da barragem do Córrego do Feijão completa dois anos (25 de janeiro), moradores de Brumadinho e de outras cidades da região metropolitana de Belo Horizonte protestaram exigindo punição para os responsáveis e indenização para as famílias atingidas. Por conta do rompimento, 270 pessoas morreram e 11 ainda estão desaparecidas.
Moradores fecharam a rodovia MG-155, na altura do bairro Citrolândia, em Betim, na região metropolitana. Protestos também ocorreram na BR-381 em São Joaquim das Bicas, com o fechamento da via de entrada e saída de caminhões da Vale. Neste último protesto moradores também denunciaram que estão sem água e acesso a saúde.
Manifestação fecha MG-155 em Betim. Foto: Reprodução.
Em Brumadinho, trabalhadores protestaram na ponte Ferro Carvão, logo às 7h da manhã. No protesto, os manifestantes exigiram a reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem e a participação nos acordos entre o governo de Minas Gerais e a Vale.
Durante o protesto, Weveton Juliano, líder comunitário local, disse, em entrevista ao monopólio de imprensa G1, as reivindicações pelas quais lutam os manifestantes: “também pedimos que a mineradora cumpra tudo que ela já foi imposta a fazer como indenização individuais e manutenção do auxílio emergencial. A escolha do local é estratégica, pois foi por onde a lama passou neste inesquecível 25 de janeiro de 2019”.
Brumadinho: Vale e seus cúmplices do governo federal e estadual têm que pagar
Na capital Belo Horizonte, o protesto ocorreu ás 10h, em frente ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na avenida Afonso Pena. Os familiares das vítimas que foram até o local cobram rapidez no processo criminal contra a mineradora.
Protesto fecha passagens de caminhões da mineradora Vale em São José das Bicas. Foto: Reprodução.
Josy Melo, representante do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) disse em entrevista que os afetados pelo rompimento da barragem exigem reparação integral dos danos causados: “reafirmamos a posição de profunda indignação com a atuação da Vale na bacia do Rio Paraopeba e com os atingidos que lutam por direitos, justiça e reparação. Queremos respeito pela memória dos que se foram e reparação integral para os sobreviventes, familiares e todos os atingidos que tiveram seus modos de vida interrompidos pela negligência e ganância da mineradora”.
Outras manifestações e atos estão marcados para o decorrer do dia, inclusive com uma carreata.