Moradores de diversos bairros da cidade têm manifestado preocupação com a qualidade da água que chega às torneiras. Além do cheiro e do gosto fortes, semelhantes ao de cloro, há relatos de irritações na pele e nos olhos após o banho.
Nos bairros São Cristóvão, Petrópolis e Altos da Boa Vista, moradores relatam coceira, ressecamento da pele e desconforto ocular. A estudante de Medicina Marina Bacchi sente os efeitos e precisa manter o banheiro ventilado ao tomar banho para evitar inalar o vapor com cheiro intenso. “O valor da água está aumentando, mas a qualidade é péssima. O cheiro está horroroso, muitas vezes parece água sanitária, e às vezes vem suja também. A pele fica muito ressecada, fora a ardência nos olhos”.
A administradora Diana Polla Kressin, residente no Altos da Boa Vista, também percebeu a mudança após frequentes interrupções no abastecimento. “Tenho um bebê de um ano e sete meses em casa e ele fica com os olhos vermelhos e marejados após o banho. Pele e cabelos super ressecados, coceiras na pele. Está horrível. Beber, nem pensar. Estamos comprando”, afirma ela.
Outros moradores, como a massoterapeuta Leticia Vieira da Cunha, decidiram recorrer à compra de água mineral após perceberem um odor intenso.
O que diz a Corsan/Aegea
Em nota, a Corsan/Aegea clamou que a água distribuída na cidade passa por um rigoroso processo de purificação antes de chegar às residências.
Segundo a empresa, mais de 500 testes diários são realizados para assegurar a qualidade. O tratamento ocorre em três estações em Passo Fundo, e as amostras são analisadas também no Laboratório Central de Águas, em Porto Alegre.
A nota da Corsan contradiz as denúncias vindas de Passo Fundo. Até tal momento, não se sabe o que causa esse efeito no líquido distribuído, e se pede maior empenho da Corsan para resolver a situação que afeta as pessoas da cidade.