SP: Moradores protestam contra instalação de mega-aterro sanitário em Pirapora do Bom Jesus

Se concretizado, o mega-aterro receberá 7 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, oriundos de toda a região metropolitana.
Manifestantes estendem faixa com os dizeres “Aterro sanitário? Não, obrigado!”. Foto: Reprodução

SP: Moradores protestam contra instalação de mega-aterro sanitário em Pirapora do Bom Jesus

Se concretizado, o mega-aterro receberá 7 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, oriundos de toda a região metropolitana.

Na última terça-feira, 15 de abril, centenas de moradores de Pirapora do Bom Jesus-SP se reuniram na Câmara Municipal com faixas, cartazes e palavras de ordem para protestar contra a instalação criminosa de um mega-aterro sanitário, que viola o patrimônio natural da cidade.

A luta popular teve início quando os moradores descobriram que o projeto tramita há meses na Companhia Ambiental do Estado (CETESB) e que já está em estágio avançado, prosseguindo de forma sorrateira e sem o conhecimento geral do povo.

SP: Um mega-aterro sanitário ameaça a saúde dos moradores de Pirapora do Bom Jesus – A Nova Democracia
O despejo de lixo no mega-aterro começou no dia 6 de abril, quando vários caminhões carregados com entulho passaram a circular pela cidade com o objetivo de descarregar aproximadamente 7 mil toneladas de resíduos sólidos por dia. O lixo vem principalmente de fora do município.
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O lesivo empreendimento, administrado pela empresa Ecoparque Pirapora Ambiental S.A, prevê que a instalação do mega-aterro seja realizada em 901 hectares da Fazenda Cacique. A terra é uma Área de Proteção Permanente com a fauna ameaçada.

Se concretizado, o mega-aterro receberá 7 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, oriundos de toda a região metropolitana — menos do próprio município. Para efeito de comparação, Pirapora gera 12,89 toneladas diárias de lixo, uma quantidade 541 vezes menor.

Temendo que a pequena cidade de 18 mil habitantes se transforme num verdadeiro “lixão” do estado de São Paulo, os moradores rapidamente se mobilizaram contra o mega-aterro.

A pressão do povo dentro da Câmara Municipal resultou na aprovação de um projeto de lei que prevê barrar a implantação deste tipo de empreendimento no município. Por ora, o projeto depende apenas da sanção do prefeito Gregório Maglio (MDB), que anteriormente demonstrou conivência com a violação.

Com isso, o desfecho do caso revelará se as reivindicações do povo serão acatadas ou se os interesses dos magnatas envolvidos no caso continuarão prevalecendo, sustentando a perpetuação do crime ambiental e do ataque direto contra a saúde das massas populares.

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