Morre o genocida e criminoso de guerra Alberto Fujimori, ex-presidente peruano

Responsável por inúmeros crimes contra a humanidade, Fujimori não foi condenado por esses atos, especialmente contra o povo peruano e o processo revolucionário dirigido pelo PCP, que, na época, estava em plena expansão após 12 anos de desenvolvimento. Seus crimes foram classificados apenas como “homicídios” pelo tribunal, ignorando sua verdadeira gravidade como crimes de lesa-humanidade.

Morre o genocida e criminoso de guerra Alberto Fujimori, ex-presidente peruano

Responsável por inúmeros crimes contra a humanidade, Fujimori não foi condenado por esses atos, especialmente contra o povo peruano e o processo revolucionário dirigido pelo PCP, que, na época, estava em plena expansão após 12 anos de desenvolvimento. Seus crimes foram classificados apenas como “homicídios” pelo tribunal, ignorando sua verdadeira gravidade como crimes de lesa-humanidade.

O ex-presidente reacionário do Peru, Alberto Fujimori, faleceu nesta quarta-feira, 11 de setembro, em sua residência no bairro de San Borja, em Lima. Fujimori é lembrado por ter implementado um governo fascista no Peru que contou uma série de massacres contra o povo peruano com o objetivo central de frear o avanço Revolução Peruana, dirigida pelo Partido Comunista do Peru (PCP) sob direção de Abimael Guzmán Reynoso, o Presidente Gonzalo. Hoje, a Revolução ainda segue em curso.

O governo reacionário de Dina Boluarte decretou três dias de luto nacional pela morte do genocida. Boluarte vai hastear a bandeira do Peru a meio mastro em prédios públicos, instalações militares e sedes diplomáticas no exterior. O decreto da reacionária também exige que o enterro de Fujimori seja com honras correspondentes a um presidente em exercício.

As honras são incompatíveis com o histórico genocida e vende-pátria de Alberto Fujimori. Enquanto o governo de Boluarte trata Fujimori como indivíduo honroso, a Associação Novo Peru descreveu o ex-presidente como um “miserável personagem sem princípios, hiena sanguinária, lacaio do imperialismo e da reação”. O grupo também afirmou que “o povo nunca esquecerá” os crimes de Fujimori.

Massacres e grupos paramilitares

Entre os crimes mais notórios cometidos sob seu comando estão o massacre de Barrios Altos e o massacre de La Cantuta.

O massacre de Barrios Altos, ocorrido em 1991, foi perpetrado pelo Grupo Colina, um paramilitar ligado ao governo de Fujimori, que atacou um evento comunitário, resultando na morte de 15 pessoas e ferimentos de 4 outras.

Já no massacre de La Cantuta, em 1992, Fujimori autorizou o sequestro, tortura e assassinato de um professor e nove estudantes da Universidade de La Cantuta, acusados de simpatizar com o PCP. Grupos paramilitares, como os ronderos, sob sua coordenação, colaboravam diretamente com o Exército reacionário peruano na repressão a guerrilheiros e camponeses, resultando em tortura e assassinato em vilarejos peruanos.

Além dos massacres, Fujimori implementou uma política de esterilização forçada, que afetou mais de 350 mil mulheres peruanas e um número significativo de homens, tratados como alvos de controle populacional e repressão política. Durante seu governo, as forças paramilitares e o exército realizaram operações cruéis contra camponeses e guerrilheiros, levando a tortura e assassinatos generalizados.

Enquanto Fujimori recebeu clemência em seus últimos anos devido a razões de saúde e idade, a mesma consideração não foi estendida aos revolucionários e lutadores do povo peruano, como Abimael Guzmán, chefe do PCP, que permaneceu em condições severas de cárcere e sem atendimento médico adequado até sua morte em 11 de setembro de 2021.

Alberto Fujimori foi libertado da prisão em dezembro de 2023 por decisão do Tribunal Constitucional do Peru. Antes de falecer, ele estava recebendo tratamento na casa de sua filha, Kiko, no bairro de San Borja, em Lima, onde residiu após sua saída da prisão. Segundo a filha, o enterro será realizado no sábado (14), com o corpo de Fujimori sendo levado ao cemitério Campo Fé, em Huachipa, também em Lima.

Responsável por inúmeros crimes contra a humanidade, Fujimori não foi condenado por esses atos, especialmente contra o povo peruano e o processo revolucionário dirigido pelo PCP, que, na época, estava em plena expansão após 12 anos de desenvolvimento. Seus crimes foram classificados apenas como “homicídios” pelo tribunal, ignorando sua verdadeira gravidade como crimes de lesa-humanidade.

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