No dia 8 de março, diversos movimentos revolucionários que dedicam-se a organizar as mulheres do povo realizaram atividades e publicaram declarações por ocasião do Dia Internacional da Mulher Proletária.
México
Cerca de 80 mil mulheres se reuniram na Cidade do México para protestar contra a opressão que sofrem as mulheres, no país em que dez delas morrem por dia em assassinatos motivados pela opressão feminina (feminicídio). Coquetéis molotov foram lançados contra o Palácio Nacional e diversos prédios do grande comércio foram pichados por manifestantes, em repúdio à conivência do governo.
Já o Movimento Feminino Popular (MFP) do México, em sua declaração, afirmou: “A todas as nossas irmãs que no Movimento Feminino Popular encontraram abrigo na bandeira vermelha, que tomam as ruas para lutar pelos direitos do povo, que no marxismo-leninismo-maoismo encontram o caminho para servir o povo com todo o seu coração, para ti, companheira, que enche a sua classe de orgulho porque não baixa a cabeça diante do cacique, porque denuncia o patrão abusivo, que não se intimida diante das grandes transnacionais que a querem roubar, porque não há ninguém que compre a sua dignidade, para todas nós, companheiras, dizemos que é uma honra lutar a seu lado.”
As revolucionárias afirmam que “o caminho é sinuoso, é verdade, mas temos de nos preparar para enfrentar as batalhas mais difíceis, porque optamos por lutar com tudo o que isso implica”.
E concluem, dizendo que “aquelas de nós que perderam o medo e tiraram a venda que a velha ordem nos impôs de sua ideologia dominante, aquelas de nós que buscam um mundo melhor para todos os pobres, os oprimidos, os explorados, os sem terra, os esquecidos, os marginalizados, porque sabemos que junto com os trabalhadores, os camponeses pobres e as camadas mais profundas do povo poderemos combater o velho Estado, libertar nosso país das garras do imperialismo e agitar as bandeiras vermelhas da Revolução Proletária Mundial”.
Chile
No Chile, uma onda de cerca de 2 milhões de mulheres tomou as ruas de Santiago em marcha, sendo que na capital e nas cidades do interior, as manifestantes foram duramente reprimidas pelos carabineros (polícia militar chilena, conhecida por suas atrocidades). Na cidade de Valparaíso, as manifestantes construíram barricadas pela cidade.
Cerca de 2 milhões de mulheres marcham em Santiago contra a opressão e exploração das mulheres
Alemanha
Manifestação em Bremem
Diferentes ações de propaganda foram realizadas em Berlim e Friburgo, na Alemanha, com o Comitê Vermelho de Mulheres de Berlim participando da grande manifestação do dia 8.
Manifestação em Freiburg
Já em Bremen e Hamburgo, o Comitê Vermelho de Mulheres participou das marchas do dia 8, e relatou a aceitação das massas pelo movimento feminino e popular, com muitas mulheres da massa se juntando espontaneamente ao bloco combativo, sendo que outras, que não aceitavam panfletos de outros movimentos, aceitaram o das revolucionárias pela clara diferença entre eles.
Também em Hamburgo, após uma extensa campanha de propaganda do Comitê com bairros operários, as revolucionárias conseguiram diversos contatos de companheiras interessadas em se organizar.
Peru
No Peru foram publicados folhetos do Sindicato de Professores Classista (Sutep) de Lambayeque com o título Honra e glória eterna para as melhores filhas do povo que oferecem a vida por um mundo novo e mais justo! e Tributo à mulher proletária.
Índia
Na índia, os maoistas divulgaram no 8 de março o nome de 22 guerrilheiras mortas em combates no ano de 2019, como forma de homenagear suas heroínas. Também, o Partido Comunista da Índia (Maoísta) divulgou uma declaração na zona de Bastar, em Chattisgarh, denunciando o abuso e exploração sexual através de “cursos” que o velho Estado disponibilizaria no local.
Esses “cursos” incluíam filmes, programas para TV, anúncios de propaganda, entre outros, pornográficos e degradantes para as mulheres locais. O Partido também fez um apelo para que as mulheres não participassem de tais enganações.
USA
No dia 8 de março, no Estados Unidos (USA), um panfleto da publicação do Dia Internacional da Mulher Proletária foi divulgada, agitando pela emancipação das mulheres e realizando eventos culturais com o objetivo de organizar mulheres para lutar contra as classes dominantes.
Em Austin, mulheres revolucionárias lideraram uma procissão em homenagem a mulheres trabalhadoras e vítimas de abuso sexual, que foi brutalmente reprimida pela polícia, resultando na prisão de dezenas de ativistas e membros da comunidade.
Revolucionária segura cartaz escrito Organize as mulheres trabalhadoras!
Pichação em Austin diz: As mulheres sustentam metade do céu!
Em Los Angeles, Califórnia, ativistas realizaram um evento fora do Centro de Detenção Metropolitano onde os participantes criaram cartazes e bottons com palavras de ordem revolucionárias como: Libertar a fúria revolucionária da mulher! e Eleição, não! Revolução sim!
Em Pittsburgh, Pensilvânia, a organização Servir ao Povo celebrou o dia num parque público na área de Wilkinsburg, bairro operário.
Em Houston, Texas, o jornal revolucionário Incendiary News, juntamente com outros ativistas, realizou um evento cultural onde os participantes celebraram as mulheres proletárias e fizeram uma faixa escrita: As mulheres sustentam metade do céu. Em Charlotte, Carolina do Norte, as revolucionárias realizaram um evento para comemorar o Dia Internacional da Mulher Proletária.
Finlândia
Uma faixa com o palavras de ordem saudando o movimento feminino revolucionário foi pendurado antes do Dia Internacional da Mulher Proletária, em Tampere. A ação teve lugar num local destacado e muito transitado, onde o banner foi mantido por mais de 24 horas.
Uma marcha com 75 pessoas aconteceu também em Turku. A marcha começou na rua da Universidade e terminou na praça Velha Grande, com consignas, como: Tomar as ruas! e Esmagar o imperialismo!
Equador
Já o MFP do Equador, também em uma declaração publicada, começam o texto com uma citação do chefe do Partido Comunista do Peru, Presidente Gonzalo, em que esse expõe: “Mulheres são a metade do mundo e desenvolvem o movimento feminino para a emancipação da mulher, que é uma tarefa e obra das próprias mulheres, mas sob a direção do Partido”.
Áustria
Na Áustria, foram distribuídos panfletos pelo Comitê Vermelho de Mulheres, apelando às mulheres da massa a se organizarem: “Vamos dar expressão às nossas justificadas reivindicações!”, iniciava o panfleto. Também foi publicado o mais novo número da revista A Lutadora.
Suécia
Na cidade de Estocolmo, um bloco vermelho e combativo de revolucionários participou da marcha do 8 de março.
Dinamarca
Movimento revolucionário da Dinamarca celebra o 8 de março, dia internacional da mulher proletária
França
O MFP da França participou das marchas como um bloco vermelho e combativo, em diversas cidades, entre elas Caen, Clermont-Ferrand e Brest.
MFP (França) participa da marcha do 8M em Caen