MS: Camponeses bloqueiam rodovia em resposta a latifundiário que envenenou água do acampamento 

Camponeses trancaram uma rodovia em Naviraí. Eles denunciam que a água de seu acampamento foi envenenada por um latifundiário local.
Camponeses bloqueiam rodovia contra crimes do latifúndio. Foto: Banco de Dados AND

MS: Camponeses bloqueiam rodovia em resposta a latifundiário que envenenou água do acampamento 

Camponeses trancaram uma rodovia em Naviraí. Eles denunciam que a água de seu acampamento foi envenenada por um latifundiário local.

No dia 9 de outubro, os camponeses do Movimento Popular de Lutas (MPL) realizaram um trancamento de rodovia em Naviraí, Mato Grosso do Sul (MS), situada a 355 km da capital. A ação foi realizada, segundo os camponeses, em resposta ao latifundiário da fazenda Concordia, acusado de ter envenenado a água do rio onde os camponeses do acampamento São João Maria vivem. Este latifúndio faz parte das áreas reivindicadas pelos camponeses.

Com grande fervor, os camponeses da região trancaram a rodovia, que passa pelo acampamento, impedindo qualquer tráfego na região. A reivindicação era clara: Queremos nossa água!. Com enxadas nas mãos, os camponeses solicitaram imediatamente que um caminhão-pipa fosse enviado para suprir as famílias e denunciaram os crimes cometidos pelo latifúndio local. Durante o trancamento, como uma irrisória tentativa do latifúndio da região, o capataz da fazenda foi enviado para amedrontar as famílias mobilizadas. Contudo, sem deixar-se intimidar, os camponeses rechaçaram as investidas. Tal elemento reacionário é reconhecido pelos camponeses por estar envolvido com ações de pistolagem, logo, a presença de tal figura gerou mais revolta nas massas que o expulsaram prontamente dali. 

Após horas de luta incessável travada, o Acampamento São João Maria conquistou o direito à água, com o envio do caminhão-pipa para abastecer as famílias. Essa vitória é prova da combatividade do povo pobre, que esfregaram na cara do latifundiário da fazenda Concordia, da pistolagem e da polícia que trabalha a serviço e interesse do latifúndio que com enxada nas mãos e luta revolucionária o povo conquistará os seus direitos mínimos e, posteriormente, a terra. 

Camponeses conquistam envio de água para o acampamento. Foto: Banco de Dados AND

O MPL entra agora em mais uma jornada de lutas, denunciando os crimes do latifúndio do Mato Grosso do Sul e apontando também que os governos estadual e federal abandonaram mais uma vez os camponeses ao não cumprirem suas promessas de reforma agrária. O movimento segue em ascendente, erguendo a bandeira por outros municípios e áreas, em resposta ao abandono das demais organizações oportunistas. O MPL acredita que a atual situação exige que os lutadores massifiquem suas organizações para fortalecer o caminho combativo das tomadas de latifúndios. O que se prova é que de norte a sul em nosso país a luta pela terra avança, e em Mato Grosso do Sul não será diferente.

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