Nos dias 10 e 11 de novembro, o Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino (CSPP) promoveu uma série de eventos para celebrar a justa luta da Resistência Nacional Palestina. Na sexta-feira, o Comitê, em parceria com o Centro Acadêmico de Psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), realizou a mesa de debate “Palestina e Psicologia: implicações desconhecidas”. A palestrante Ashjan Sadique Adi, psicóloga social e diretora da Federação Árabe-Palestina do Brasil (FEPAL), trouxe um histórico sobre as origens do sionismo e a luta palestina. Ela conclamou a tomada de posição dos psicólogos como parte necessária de um compromisso ético com a luta de um povo oprimido, diante da qual o conhecimento científico deve ajudar no processo de emancipação humana e não reforçar a opressão.
Na mesma noite, dessa vez no auditório da Faculdade de Ciências Humanas da UFGD, Ashjan falou ao lado de Omar Faris, da Associação Árabe-Palestina de Corumbá. Ambos denunciaram os crimes de guerra e o genocídio palestino praticado pelo Estado sionista de Israel. Falando sobre esses crimes, Ashjan citou a prisão de seu primo Sameh Abu Hamayel, em 2017, e lembrou que ela havia concedido entrevista ao AND sobre o caso à época na matéria “Palestina: o tormento das prisões sionistas”. Outro componente da mesa e membro do CSPP comentou sobre os vínculos entre o imperialismo ianque, o Estado de Israel e a venda de armas e treinamentos militares ao redor do mundo, inclusive no Brasil.
Durante essa mesa, o representante do Comitê de Apoio ao AND – Dourados tomou posição pela Resistência Nacional Palestina e relembrou dos vínculos entre sionismo, imperialismo e nazi-fascismo. Já o secretário-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) colocou a importância dos estudantes e da juventude se solidarizarem diante da luta dos povos oprimidos do mundo, como sempre fizeram na história. Ao longo do debate, as falas se intercalaram com gritos de Do rio ao mar, Palestina livre já! e Fora de Gaza, Israel fascista!.
Ato em Dourados é marcado por combatividade e queima de bandeiras de Israel e dos Estados Unidos
No dia 11/11, cerca de 60 pessoas se reuniram na Praça Antônio João, no centro da cidade. Entre os presentes no ato, viam-se, além de muitas bandeiras da Palestina, diversos representantes da comunidade árabe e da mesquita de Dourados. Somavam-se a eles bandeiras do movimento estudantil democrático-revolucionário Alvorada do Povo (AP), do Movimento Feminino Popular (MFP), além de entidades democráticas, como sindicatos de professores.
O ato foi marcado por diversas falas combativas das entidades presentes. Um representante do DCE-UFGD lembrou que os estudantes se posicionaram contra o regime militar fascista e às guerras de agressão imperialista ao Vietnã e Coreia e que nesse momento não poderia ser diferente. O representante do comitê de apoio do jornal registrou o apoio irrestrito e incondicional que o A Nova Democracia sempre fez a resistência palestina e continua a fazer diariamente no “Plantão Palestina”.
Entre as falas, diversas palavras de ordem foram entoadas. Entre elas: Fora ianques da América Latina! Fora Israel das terras palestinas!, Somos estudantes, não somos pacifistas! Viva a heroica resistência palestina!, Estado de Israel, Estado assassino! E viva a luta do povo palestino!, Chega de chacina! Da PM na favela e de Israel na Palestina!, Polícia de fuzil, as armas de Israel também matam no Brasil! e Do rio ao mar, Palestina livre já!. Dentre as diversas faixas e cartazes no ato, lia-se Viva a heroica resistência palestina!, Todo apoio à resistência palestina!, Pelo fim do apartheid e do genocídio contra o povo palestino!, Crianças palestinas importam!, Palestina livre! e Basta de guerra na Palestina!.
Durante o ato, conforme as falas denunciavam cada vez mais o papel do Estado sionista de Israel enquanto um Estado títere do imperialismo ianque, os manifestantes presenciaram uma cena da demonstração mais cabal de ódio aos agressores. Enquanto um círculo se formava na manifestação, ao centro queimaram-se as bandeiras de Israel e dos Estados Unidos. Os presentes ficaram visivelmente entusiasmados com a cena, entoavam: Morte ao imperialismo! e aplaudiram calorosamente o feito de solidariedade à luta anti-imperialista.